A Vida Superior em Cristo

A Vida Superior em Cristo

Colossenses 3. 1-17


Introdução: Paulo escreveu a epístola aos colossenses quando estava na prisão, em Roma, portanto, esta é uma das chamadas Cartas da Prisão, ao lado de Efésios, Filipenses e Filemom. A igreja que estava em Colossos (Ásia), que ficava a 120 km de Éfeso, não fora fundada por Paulo, mas provavelmente por Epafras (Cl 1.6). A igreja colossense estava bem espiritualmente (1.3-8), mas já começavam a surgir problemas que ameaçavam essa firmeza em Cristo. As circunstâncias que levaram Paulo a escrever uma epístola aos colossenses estão implícitas no capítulo 2 quando adverte os irmãos para que não se deixassem enganar por algumas heresias que tentavam disseminar entre eles, provavelmente Gnosticismo (v. 8), judaísmo (v. 16), misticismo (culto aos anjos - v. 18) e ascetismo (v. 21 a 23). Paulo também faz uma excelente e bem definida defesa da divindade e humanidade de Cristo (1.13-20) com o intuito de fortalecer a fé dos crentes daquela igreja. No capítulo 3, ele traz uma exortação à santidade e ao amor fraternal; exortação que será o assunto de nossa mensagem.

I. Ressuscitados com Cristo - Paulo chama seus leitores a uma tomada de atitude, desafiando-os a, se verdadeiramente tivessem já ressuscitado com Cristo, a agirem da forma que ele passará a apresentar. Importante frisar duas palavras da primeira frase: “se” e “ressuscitar”. A primeira é uma conjunção condicional e implica uma auto análise por parte do crente. O objetivo não é pôr em dúvida nossa condição de filhos de Deus, como o diabo tentou fazer com Jesus (Mt 4.3), mas conduzir a um autoexame (1 Co 11.28) que nos previne de perder a graça salvadora. Quanto a “ressuscitar”: o termo representa propriamente a nova vida em Cristo Jesus; quer dizer, originalmente, levantar. Fomos ressuscitados ou levantados dos mortos juntamente com Cristo. Quando o Senhor ressurgiu, ele se tornou o primogênito (Cl 1.15,18) da nova criação divina, da qual fazemos parte quando cremos nele, muito embora só nos tornaremos semelhantes a Ele em sua vinda (v. 4; 1 Jo 3.2). Por enquanto, precisamos apenas crer nessa nova vida que recebemos pela graça e nos apropriarmos dela. Já somos novas criaturas (2 Co 5.17) e devemos viver de acordo com essa nova geração. É oportuno dizer que essa “ressurreição” é representada simbolicamente pelo batismo, conforme Paulo mesmo esclarece: Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus… (Cl 2.12). Simbolicamente, porque isso não se dá de modo mecânico, pelo simples ato de mergulhar, mas o batismo deve representar o que de fato já se passou em nosso interior. No primeiro parágrafo (v. 1 a 4) deste capítulo, Paulo traz dois imperativos para o fortalecimento dessa nova vida que analisaremos agora:

Coisas do alto x coisas terrenas: quem buscaria bijuterias e materiais de pouco valor se puder buscar ouro, prata, pedras preciosas e outros minérios valiosos? Assim também é o contraste entre as coisas do céu e as coisas da terra. As coisas terrenas são conhecidas: vão desde as necessidades básicas do ser humano até os bens materiais mais cobiçados como mansões, carrões etc. Não tem fim o que o homem pode acumular aqui nesta terra. Mas também são terrenas as preocupações com a aparência, a ostentação de riquezas, os prazeres, os banquetes, etc. e tudo isso e muito mais as pessoas buscam. Na verdade, essas coisas ocupam a mente de muitas pessoas durante todas as suas vidas diariamente.Muitos andam tão ansiosos por adquirir essas coisas que sequer atentam para as palavras do Senhor sobre a ansiedade em Mt 6.25-34. Já as coisas do céu são espirituais, não se compram com dinheiro, não tem preço. Elas dizem respeito à salvação, à comunhão com Deus, às riquezas das Escrituras e muito mais. 


1) Buscai as coisas do alto - Buscar quer dizer procurar, diligenciar, é demandar por alguma coisa e ocupar-se de. A nova vida em Cristo nos leva a ocupar nosso tempo em novas atividades. Se antes, buscávamos gastar nosso tempo em festas, orgias, deleites e na prática do mal em geral, como cristãos devemos empregá-lo em oração, leitura da palavra, ações de graça, em coisas que enlevam o espírito e daí por diante. Devemos buscar: em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça (Mt 6.33); a sabedoria do alto (Pv 8.37 - “eu amo os que me amam e os que de madrugada me buscam me acharão”Tg 1.5; Pv 3.1-9); ao Senhor enquanto se pode achar (Is 55.6); ser cheio do Espírito Santo (Ef 5.18); buscar com zelo os melhores dons espirituais (1 Co 12.31); ler e conhecer a Palavra de Deus que está tão acessível para quem a deseja (Dt 30.11-4). Quem busca, acha (Mt 7.7,8)! O Senhor promete se deixar achar se o buscarmos de todo coração (Jr 29.13); O rei Josias, de Judá, buscou ao Senhor e a nação recebeu um grande avivamento (2 Cr 34.3); Um homem achou um tesouro escondido num campo porque procurou (Mt 13.44); outro achou uma pérola de grande valor pela qual deu tudo quanto tinha (Mt 13.45,46); o pastor achou a ovelha perdida porque saiu em busca dela (Lc 15.3-7); a mulher achou a dracma perdida porque acendeu a luz e varreu a casa toda até achar a moeda (Lc 15.8-10); Jairo buscou a Jesus e sua filha foi restaurada (Lc 8.40-56). Assim, se buscarmos as coisas espirituais, se nos empenharmos nessa busca com toda a diligência, o Senhor nos dará abundante graça que nos fará viçosos em sua presença. Mas a questão é: Onde está o nosso tesouro? (Mt 6.21), pois só buscamos aquilo que nos importa, que tem realmente valor para nós! Hoje muitos cristãos estão gastando inutilmente seu tempo nas redes sociais, conversando bobagens, discutindo e até pecando; outros estão dominados pelos canais de entretenimento assistindo a filmes e séries cheios de violência e sensualidade. Quanto desperdício de tempo! E que impacto isso traz sobre a vida espiritual! Frieza, dureza de coração, fastio da palavra, descumprimento do Ide e laços de morte. Isso tudo é coisa terrena e que não devemos buscar!

2) Pensai nas coisas do alto - Alguém pode achar que os pensamentos são involuntários, que nascem à toa, mas na verdade a atividade de pensar está diretamente associada ao meio em que vivemos e às influências que recebemos em casa, na escola, no trabalho, na igreja, nos relacionamentos sociais, nas mídias que acessamos e etc. Outra coisa importante: os pensamentos podem ser controlados! Por isso, Paulo ordena “pensai”. Este segundo imperativo está subordinado ao primeiro. Só poderemos pensar “naturalmente” nas coisas do alto se vivermos a buscá-las. Se passamos o dia nas redes sociais, vendo séries ou coisas do tipo, nem mesmo na igreja conseguiremos nos desvencilhar de tais ideias. Mas se vivermos a orar, a ler a Palavra, a cantar louvores, nossos pensamentos também serão espirituais. Pensaremos com facilidade nas realidades eternas! E até sonharemos com elas! Busque primeiro e depois pense. Mas podemos trabalhar ainda mais a nossa mente para um melhor aproveitamento em nossa nova vida em Cristo. No Salmo 1, o varão bem-aventurado dedica-se a meditar na lei do Senhor dia e noite (v. 2), por isso sua vida espiritual é comparada a uma árvore plantada junto às águas, a qual é sempre verde e frutífera. Meditar é pensar. Quando gastamos nossa energia mental “ruminando” a Palavra de Deus quão abençoados nós somos! Josué devia meditar na Lei do Senhor para que tivesse cuidado de fazer tudo conforme estava escrito (Js 1.8); Timóteo devia meditar e ocupar-se  no que Paulo dizia (1 Tm 4.15) para ser bom ministro de Cristo; Davi amava e meditava na Lei do Senhor (Sl 119.97) e foi o maior rei de Israel. Em certa ocasião, enquanto Davi meditava sentiu-se incendiado por dentro (Sl 39.3); A Palavra do Senhor purifica os nossos caminhos (Sl 119.9)! Não deixe de ocupar seus pensamentos diariamente com a meditação nas Escrituras Sagradas. Elas testificam de Cristo (Jo 5.39); elas podem nos fazer sábios para a salvação (2 Tm 3.15). Se é certo que nossos pensamentos são derivados do meio em que vivemos e das influências que recebemos, também é certo que eles regem nossas ações. Tudo nasce primeiro no mundo das ideias, já dizia Platão. Nosso cérebro é a cabine de controle de nosso corpo. Falamos o que pensamos e agimos de um modo ou de outro por causa de algum pensamento. Até mesmo a imagem que projetamos de nós depende de nossos pensamentos (Pv 23.7). Por isso, somos instruídos a levar cativo todo entendimento (pensamento) a Cristo (2 Co 10.5b). Buscar e pensar criam um círculo que pode ser virtuoso ou vicioso. Quem busca impureza sexual sempre pensará nisso e, pensando nisso, tornará a praticar a impureza. Também quem busca as coisas do céu, orando, lendo, louvando, pensará nas coisas do alto! Por último, utilizando um outro texto de Paulo sobre esse assunto, precisamos entender que o crente vai sendo transformado pela renovação do seu entendimento (Rm 12.2). Isso não ocorre da noite para o dia, mas é processual.  


II. Velho homem x Novo homem - o crente é habitado por duas naturezas. Paulo chama de carne (Rm 8.5) e velho homem (Cl 3.9) o nosso velho EU, isto é, a natureza caída e pecaminosa que herdamos de Adão. Mas, ao crermos no Senhor, recebemos uma nova natureza que tem participação na própria natureza divina (2 Pe 1.4: Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina). Paulo chama essa natureza de “novo homem” ou “nova criatura” (2 Co 5.17). Esta natureza é recebida através do novo nascimento (Jo 3. 3). Assim, temos um conflito contínuo dentro de nós gerado por essas duas naturezas contrastantes (Gl 5.16, 17). A carne busca a satisfação gerada pelo pecado, por isso nos induz à indolência espiritual, à busca pelo prazer carnal, à lascívia, à cobiça e a inúmeros outros males. A satisfação carnal faz a consciência cauterizar (1 Tm 4.2) e leva o homem a rebelar-se contra Deus e a abandonar seu santo querer. Por outro lado, o novo homem é guiado pelo Espírito Santo que o leva a produzir fruto de virtudes (Gl 5.22), a inclinar-se para as coisas que agradam a Deus (Rm 8.1-14), enfim, a viver em novidade de vida (Rm 6.4). Paulo, nos versículos 5 a 11, orienta claramente como os colossenses deviam proceder para eliminar os feitos da velha natureza. Ele diz Mortificai os vossos membros (que deve ser entendido como a carne); em outra versão (ARA): “façam morrer”, mas literalmente ele está dizendo “matem a velha natureza terrena”! Mas como podemos fazer isso? Podemos aniquilá-la negando-nos a fazer o que ela gosta. A seguir, ele dá algumas orientações de como fazer isso.

1) Os feitos do velho homem - no v. 5, ele lista cinco obras (ações) da carne que não devemos praticar. Esses pecados atingem diretamente o templo de Deus que é o nosso corpo (1 Co 6.19). São pecados grosseiros e de um nível elevado nível de gravidade espiritual. Sobre os que os praticam recai a ira de Deus (v. 6). Antes de virmos a Cristo, esses pecados eram comuns e normais em nossas vidas, mas agora libertos do pecado (Rm 6.22), não devemos mais praticá-los. Depois, Paulo traz outra lista (seis itens) a partir do verso 8 que são pecados mais corriqueiros, mas que afetam diretamente nossa comunhão fraternal. Também fazem parte da velha natureza pecaminosa e devem ser igualmente combatidos pelo cristão. Comentaremos brevemente cada uma das listas, a começar da primeira.

1.1 Mortifiquem os vossos membros sobre a terra:

a) Prostituição: esta palavra denota toda a sorte de relacionamento sexual ilegítimo ou pervertido;

b) Impureza: apreciação por pornografia, piadas imorais, sensualidade;

c) Apetite desordenado: relativo a paixões sensuais, adultérios, gula, bebedeiras, orgias;

d) Vil concupiscência: desejos malignos, olhos concupiscentes; 

e) Avareza: é o mesmo que cobiça, ganância, desejo insaciável por mais coisas. Este pecado é igual à idolatria. Em 1 Tm 6.10, Paulo adverte que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males e que por causa dessa cobiça alguns se desviaram da fé. Jesus disse que não se podia servir a dois senhores:  a Deus e a Mamom, isto é, às riquezas (Mt 6.24). E em outra parte: De que adianta ganhar o mundo todo e perder a sua alma? (Mc 8.36).

O apóstolo João falando desses mesmos pecados nos diz: Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo A CONCUPISCÊNCIA DA CARNE, A CONCUPISCÊNCIA DOS OLHOS e A SOBERBA DA VIDA não é do Pai, mas mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. (1 Jo 2.15-17).


1.2 Despindo-se do velho homem - A segunda lista de pecados atentam contra a comunhão fraternal. Para alguns, eles podem parecer inofensivos porque são mais corriqueiros e não causam tanto impacto quando descobertos. No entanto, quem busca viver em novidade de vida deve deixar de lado todas essas obras carnais (1 Co 6.4; Gl 5.22). O apóstolo Pedro, em sua primeira epístola universal (2.1), também traz uma lista parecida com esta; e Tiago, o irmão do Senhor e autor da epístola de mesmo nome, também o faz da mesma forma (1.20,21), embora de forma resumida. Compreendemos assim que, longe de serem de pouca importância, esses pecados são, à semelhança dos primeiros, igualmente perniciosos para quem os acolhe. Sendo feitos do velho homem, nós que somos novas criaturas devemos afastá-los para longe. 

a) Ira: Raiva; sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva. Como a raiva é perigosa! Quando nos permitimos irar com facilidade somos tomados por um espírito de raiva permanente. A raiva pode se acomodar sob a forma de mágoa ou rancor. Este tipo de raiva produz doenças psicossomáticas e desejo de vingança.

b) Cólera: Apesar do significado de “ira” e “cólera” ser muito parecido, chegando essas palavras a serem traduzidas uma pela outra, há uma diferença entre elas. A cólera é um sentimento mais intenso e pode levar a pessoa a agir de forma violenta e cruel. Por causa disso, lares são destruídos por motivo de violência doméstica e até homicídios são cometidos entre parentes, amigos e cônjuges. Os moradores de Nazaré encolerizaram contra Jesus de tal modo que quiseram precipitá-lo do monte sobre o qual a cidade estava edificada porque o Senhor lhes lançou em rosto a incredulidade deles (Lc 4.28-30). Os cidadãos de Éfeso, incitados por Demétrio, iraram-se contra Paulo e quiseram linchá-lo e seus companheiros (At 19. Jesus, no Sermão do Monte, disse aos discípulos que só o fato de alguém se encolerizasse contra o seu irmão já estaria transgredindo 6º mandamento (Não matarás) e trazendo juízo sobre si; e foi mais longe: para ser condenado ao fogo do inferno, bastaria chamar o irmão de louco (Mt 5.21,22). Quão sérias são essas palavras! Entretanto, não é incomum vermos irmãos com mágoa contra outro e até mesmo lutas corporais entre membros do ministério! Despojem-se da cólera!

c) Malícia (maldade): definitivamente a malícia é um pecado e não é um comportamento digno de um santo. Significa (de acordo com seu original em grego kakía) uma disposição perversa, o princípio subjacente do mal (inerente ao mal) que está presente, mesmo que não expresso abertamente. A malícia pode se manifestar num olhar, num gesto obsceno, numa “mão boba”, numa atitude de suspeita contra alguém, pode se apresentar sob a forma de esperteza nos negócios, numa transgressão da lei, numa declaração de renda falsa. A lista é sem fim. Fazem uso dela os psicopatas que enganam suas vítimas para levá-las à morte; fazem uso dela os maus pastores, os falsos profetas (pregadores), os artistas gospels e os empresários da fé que exploram os crentes (Jr 23.1; Jo 10.12,13). 

d) Maledicência: gr. blasphēmía (de blax, "lento / lento" e 5345 / phḗmē, "reputação, fama"). Quando a nível horizontal (humano), é o mesmo que calúnia, falar mal de outra pessoa, denegrir, difamar. Muitos ocupam-se em falar mal dos irmãos, em apontar erros, em disseminar boatos. Em Levítico (19.16) a Lei já advertia os israelitas para que nenhum deles andasse como mexeriqueiros no meio do povo; Paulo temia encontrar mexericos entre os coríntios quando fosse visitá-los (2 Co 12.20). Em época de redes sociais como a nossa, a maledicência corre solta. Como novas criaturas que somos devemos ter temor do Senhor e não nos apressarmos em julgar os outros, nem ser um leva-e-traz, provocando contendas no meio do povo. Devemos elogiar os outros, buscando ver nos irmãos mais qualidades que defeitos. Não nos esqueçamos que somos salvos pela graça (Ef 2.8).

e) Linguagem torpe: literalmente linguagem suja. A boca do crente deve ser fonte de vida (Pv 10.11,31,32; Ec 10.12). Assim como Isaías, seus lábios foram queimados com a brasa viva do altar e sua iniquidade foi tirada (Is 6.7), não pode, portanto, falar perversidades. Jesus disse que a boca fala do que o coração está cheio (Mt 12.34), logo, se nossa linguagem é suja, nosso coração também está. Quantos crentes se divertem ouvindo e contando piadas imorais; quantos pronunciam palavras de baixo calão sem nenhum receio! É disso que Paulo está falando. É obra do velho Adão cheio de malignidade, iniquidade, lascívia e outras indecências guardadas no depósito do seu coração. Aos que fazem uso desse tipo de linguagem devemos advertir com as graves palavras de nosso Senhor Jesus: Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado. (Mt 12.36,37).

f) Falsidade (“Não mintais uns aos outros” - v. 9a): aqui, o que Paulo está dizendo é que os crentes colossenses não deviam usar de falsidade uns para com os outros. Ser falso é usar de ironia, de zombaria (Sl 1.1), principalmente na ausência do outro; fazer acusações sem provas, falsa testemunha como fizeram com Nabote, com Jesus e com Estevão (1 Rs 21.8-16; Mt 5.11; At 6.11,12); contar vantagem como Ananias e Safira (At 5.1-11); bajular (Rm 16.18). O crente deve ser sincero em seu modo falar e honrar sua palavra nos tratos que fizer, como disse o Senhor: Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna. (Mt 5.37). O diabo é o pai da mentira (Jo 8.44) e os que a praticam são seus filhos (1 Jo 3.8,10). Devemos amar aos irmãos de verdade (1 Jo 3.18). Mente aquele que diz que ama a Deus, mas aborrece a seu irmão (1 Jo 4.20). O mentiroso é um dos tipos que ficarão de fora da cidade santa (Ap 22.15).


III. As virtudes do novo homem em Cristo

a)



Obs.: Estudo a ser continuado

 A VIDA SUPERIOR EM CRISTO




0 comments:

Postar um comentário