A alegria de achar o que se perdeu

Quem nunca perdeu alguma coisa e, depois que a achou, ficou muito feliz em tê-la achado?

O preço da nossa redenção

Somos salvos pela graça, mas nossa salvação custou um alto preço.

Seja o seu próprio carrasco!

As evidências de que somos ressuscitados com Cristo.

Receita para um ano novo de paz

O melhor de todos os presentes - a paz de Cristo

Removendo montanhas pela fé

Um estudo bíblico sobre o significado de mover montanhas.

Deixando de comer migalhas para sentar-se à mesa como filho

 Deixando de comer migalhas para sentar-se à mesa como filho 

Texto: Mc 7.24-30; Mt 15.21-28



  • A mulher era gentílica - Mateus diz que era cananéia e Marcos completa informando que ela era grega, siro-fenícia de nascimento. Jesus havia se retirado para a região de Tiro e Sidom, fora de Israel, para ali descansar com seus discípulos. Ele entrou em uma casa e não queria que ninguém soubesse de sua presença ali. No entanto, o clamor de uma mulher daquelas cercanias quebrou aquele momento de trégua e descanso de Jesus e seus discípulos. Ela descobriu que Jesus ali estava e foi até Ele, pedindo-lhe em favor de sua filhinha que estava em casa endemoninhada. Por duas vezes ela pediu a Jesus, de acordo com o relato mais extenso de Mateus. Primeiro, ela disse a Jesus: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada (Mt 21.22,23). Mas Jesus não lhe respondeu nenhuma palavra e até a ignorou, saindo dali sem lhe dar atenção. Incomodados, os discípulos lhe pediram que a despedisse, pois ela estava causando um alvoroço e chamando a atenção de todos. A essa petição Jesus respondeu que não poderia fazer nada por ela, pois sua missão era voltada somente a Israel. Então a mulher adora o Senhor e lhe pede para socorrê-la. Nesse momento, ela ouviu a resposta mais dura que poderia esperar do Senhor (e que ainda hoje escandaliza quem lê essa história do evangelho): Não é bom pegar o pão dos filhos e lançá-los aos cachorrinhos (Mt 21. 26). Talvez ela tenha se espantado por um momento com aquela resposta, mas não se perturbou e deu uma resposta sábia, humilde e, antes de tudo, de fé. A dura resposta de Jesus poderia ser um "balde de água fria " para aquela mulher, mas ela "pegou" Jesus direitinho com uma resposta de fé. Ela disse: Sim, o Senhor tem razão, mas também os cachorrinhos comem das migalhas das mesas dos seus senhores. (Mt 21.27). Ao ouvir essas palavras, Jesus elogiou a fé daquela mulher e lhe concedeu o milagre da libertação de sua filha à distância. Quando ela chegou em casa, encontrou sua filha deitada na cama tranquilamente.

  • Jesus se nega a fazer o milagre - Sempre pregamos que Jesus era (e é) amoroso, misericordioso, que, durante seu ministério terreno, ele sempre socorria a todos que o buscavam (e é verdade), embora às vezes demorasse um pouco, como no caso de Lázaro e do cego de Jericó. O Senhor fez tantos milagres que, por diversas ocasiões Ele curava multidões (Mt 4.23). Ele chegou a curar até mesmo quem não estava pedindo um milagre, embora necessitasse, como no caso do paralítico do tanque de Betesda (Jo 5). Porém, o caso da mulher cananéia é diferente e, por isso, nos chama a atenção. Ele simplesmente se negou a fazer o milagre. Não que Ele não pudesse fazê-lo, pois não tinha limites para o seu poder (Lc 8.25). Será que Ele não poderia expulsar o espírito maligno daquela menina? Claro que podia! Vale lembrar que Ele expulsou sete demônios de Maria Madalena (Lc 8.2); em outra ocasião Ele libertara um gadareno de uma legião (mais de dois mil) demônios (Mc 5), só para citar alguns relatos. Além desta ocasião, somente por duas vezes o Senhor se negou a fazer um milagre. A primeira, por ocasião de sua tentação, quando o diabo lhe sugeriu que transformasse pedras em pães (Mt 4.3,4) e, a segunda, quando os escribas e fariseus lhe pediram um sinal e Ele disse que não lhes daria outro sinal, a não o do profeta Jonas (Mt 12.38,39). E por quê Jesus não quis atender àquela pobre mãe cujo amor pela filha e o desespero a levaram a procurar com diligência o endereço onde Ele se encontrava? Há várias interpretações para isso, mas prefiro ficar com o que o próprio texto bíblico nos diz: seu ministério era exclusivo para os filhos de Abraão. O ministério de Jesus era para Israel (Mt 10.5-7) e não para os gentios, conforme ele disse aos discípulos nessa ocasião (Mt 15.24). Somente depois da ascensão de Cristo o ministério aos gentios começaria (Mc 15.15,16; At 1.8). A vez dos gentios (não judeus) chegaria, mas ainda não era hora. Em toda a narrativa bíblica, vemos a exclusividade do Reino para Israel, mas algumas pessoas conseguiram romper e, mesmo sendo estrangeiros, alcançaram bênçãos e, até mesmo, passaram a fazer parte do povo da Aliança. Como exemplo, podemos citar Raabe, a meretriz de Jericó que salvou a si e sua família da destruição e ainda entrou para a linhagem messiânica (Js 6; Mt 1.6); Naamã, o siro, também foi abençoado com a cura de sua lepra (2 Rs 5) e a viúva de Sarepta (de Sidom) a quem o profeta Elias foi enviado (Lc 4.25-27); Jonas foi enviado a Nínive, na Assíria, para avisar sobre o juízo divino e todos ali se arrependeram e se livraram da destruição. Mas o que todos esses gentios tinham em comum com esta mulher cananeia dos dias de Cristo, que também obteve o seu milagre? A fé! Eles creram, ela creu e puderam sentar à mesa, como filhos e comer do banquete! Glória a Deus!

  • A resposta da mulher mudou a atitude de Jesus - Por causa disso, de sua resposta, Jesus a fez sentar-se à mesa e comer banquete com os filhos. Por sua fé, ela se antecipou no banquete e teve lugar na mesa. Ela não questionou a prioridade dos israelitas, mas disse a Jesus que quando há abundância na mesa, sobra até para os cachorrinhos. Em outras palavras, Ela declarou que tinha fé, que aquele milagre não passaria de uma migalha, algo tão pequeno para o Senhor, que nem faria falta para os judeus. Ao ouvir isso, Jesus a chamou para sentar à mesa e participar do banquete abundante. E quanto a nós? Eu e você? Será que ainda estamos comendo migalhas ou já entendemos que temos direito a um lugar na mesa? E como podemos fazer isso? O critério é o mesmo: crer! Não questionemos a vontade divina nem os planos de Deus, mas toquemos no Senhor pela fé, podemos fazê-lo “abrir uma exceção” (2 Rs 20.1-11; Sl 51.17; Tg 5.16-18). 

  • Quando cremos, passamos a ter direito ao banquete - No Salmo 23, está escrito: Preparas uma mesa perante mim, na presença dos meus inimigos (v. 5); A mesa está pronta, falta só você tomar assento; por incrível que pareça há muitos crentes que não querem sentar à mesa, que não sentem prazer nessa mesa que o Senhor preparou; assim como Israel dos dias de Jesus que rejeitou (uns poucos creram) o banquete divino, afinal, Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam (Jo 1.11). Que não sigamos o exemplo de Israel (1 Co 10.1-11), não rejeitemos a graça divina (Hb 12.16,17), pois a nossa oportunidade passará se não a agarramos logo. Paulo, escrevendo aos efésios, lembrou qual era o estado deles (e de todos os gentios) antes de receber a Cristo (Ef 2.11,12). Como era triste, assim como o daquela mulher; não tínhamos direito a praticamente nada. Mas Paulo também adverte, agora falando aos coríntios (também gentios), que sendo “zambujeiro” fomos enxertados na oliveira por causa da incredulidade de Israel, não devemos também nos gloriar nem deixar de considerar a benignidade de Deus, pois, se Ele não poupou os ramos naturais (falando dos judeus), não poupará a nós também (Rm 11.17-24). Portanto, desfrutemos pela fé desse banquete que o Senhor nos preparou.

  • E o que tem na mesa?  - Tem tudo de que precisamos: para quem sede, tem água viva (Jo 4.10) e ainda tem vinho e leite (Is 55.1); para quem tem fome, tem pão da vida (Jo 6.35), e o fruto do Espírito com suas nove virtudes: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (Gl 5.22); para quem precisa de salvação, tem salvação; para quem precisa de milagres, tem milagres; para quem precisa de perdão, tem justificação; para quem precisa de poder, tem poder; para quem precisa de santificação, tem santidade; para quem deseja dons espirituais, tem nove especialidades prontas: línguas, interpretação, profecia, palavra de sabedoria, palavra de conhecimento ou revelação, discernimento de espírito, fé, milagres e maravilhas (1 Co 12.8-10); para quem quer pregar, tem unção; para quem quer cantar, tem inspiração; para quem quer aprender, tem ensino; para quem está vazio, tem plenitude. Tiago é enfático ao dizer: Toda a boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes (1.17). A lista não tem fim. O banquete é completo e abundante. Mas só pode comer quem tem fé! 

  • Quando cremos, o extraordinário acontece e o comum se torna especial - Em Hebreus 11 temos um relato de pessoas que sentaram à mesa e participaram desse banquete: homens que deveriam temer, tiveram coragem; quem devia morrer queimado, passeou no meio do fogo; quem devia ser devorado, fechou as bocas dos leões; quem não poderia mais gerar por ser velho, foi pai de multidões. A fé transformou homens ordinários em extraordinários, como Pedro e João (At 3), ordenando a um paralítico para que andasse; como Paulo e seus companheiros nas viagens missionárias pela Ásia e Europa. Há mais de Deus para nós, mas ainda estamos comendo migalhas. Façamos como a mulher e insistamos com fé que o Senhor nos fará sentar à mesa e nos dará a comer do maná escondido (Ap 2.17), pois se você já creu é filho e tem direito ao melhor de Deus. Há milagres, há virtudes, há minas e talentos à nossa espera.

Movendo-se na dimensão do Espírito

 Movendo-se na dimensão do Espírito

Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. [...] Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Gl 5.16,25



Uma dimensão é um espaço que tem suas medidas como altura, largura e comprimento. Cada ser criado por Deus vive e/ou se locomove em uma dimensão, seja ela terrestre, aérea ou aquática. 

De acordo com a dimensão que é propícia a um ser vivo, nela ele se move com liberdade e graça. As pessoas que praticam o nado subaquático têm o privilégio de contemplar inúmeras espécies de seres marinhos movendo-se sob as densas águas, onde elas mesmas só conseguem se manter por meios artificiais. As aves dominam os ares, voando com beleza e arte. Quem nunca admirou a beleza de um beija-flor ou não ouviu falar dos seus graciosos voos? Ou quem não admira a águia, a rainha dos céus? Já outros seres são terrestres como nós e não poderiam sobreviver debaixo d'água ou se fossem lançados aos ares. Mas há também espécies que conseguem viver em mais de uma dimensão, como os anfíbios (sapos, crocodilos). 

Espiritualmente falando também há pelo menos duas esferas ou dimensões nas quais podemos estar: a carnal e a espiritual. Essa é uma metáfora que a Bíblia utiliza, principalmente nos escritos paulinos, para indicar se estamos vivendo sob o domínio da carne (a natureza adâmica) ou do Espírito Santo. O fato de termos aceitado a Cristo como Salvador nos coloca automaticamente às margens da dimensão espiritual (Ez 47), mas nem todos os crentes entram nela  e preferem ficar na carne; enquanto outros que  estão na dimensão do Espírito, mas não sabem se mover nela, como alguém que está com medo desse novo ambiente. Estes se parecem com aquelas pessoas que vão tomar banho de mar, mas ficam apenas na beira da praia esperando que ondinhas venham banhar seus pés, em vez de mergulhar nas águas. 

No texto que Paulo escreveu aos coríntios, no capítulo 3, ele os acusa de serem carnais, pois estavam contendendo e tomando partido de homens. Na epístola aos Gálatas, ele faz a mesma acusação, mas por outro motivo: estes haviam deixado o evangelho da Graça e estavam tentando agradar a Deus por esforço carnal. No capítulo 5 desta epístola, a partir do verso 16, Paulo exorta os irmãos da Galácia a não viverem na dimensão da carne, mas do Espírito e, assim, eles poderiam agradar a Deus. Ele começa dizendo: “Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” (v. 16). E de novo, no v. 25: “andemos também em Espírito”. Mas como assim “andar em Espírito”? Isso é possível? Sim, porque podemos viver imersos no Reino espiritual e fluir nele.

O homem natural (1 Co 1.14), isto é, o não convertido;  e o homem carnal, o crente imaturo que, embora já tenha confessado a Cristo e iniciado o seu processo de transformação, ainda está apegado aos modos de proceder da velha natureza carnal; ambos não conseguem se mover na dimensão do Espírito. E por “mover” estou querendo significar o viver sob o domínio ou influência do Espírito Santo. 

Pense nisso como se você, de repente, tivesse seu corpo transformado e adaptado para viver na água: aparecessem em você barbatanas, escamas e guelras. Embora seu corpo continuasse o de um ser humano, você poderia nadar livremente até o fundo dos oceanos sem precisar voltar à tona para respirar. Você teria uma nova natureza própria para a dimensão aquática, embora ainda pudesse andar fora da água.

Assim também todos aqueles que foram salvos por Cristo receberam uma nova natureza que o capacita a viver vitoriosamente sobre o pecado e a produzir um conjunto de virtudes que agradam a Deus. O conhecido texto paulino de 2 Co 5.17 nos diz: Aquele que está em Cristo nova criatura (criação) é… Portanto, fomos transformados e capacitados a viver pelo Espírito. E por que resistimos? Por que não fluímos no Espírito? Acredito que seja por falta de fé, de confiança, ou talvez por orgulho. Acreditamos que precisamos nos esforçar, que precisamos seguir regras(legalismo), para fazer a vontade de Deus. Mas tudo o que produzimos só gera vanglória, idolatria, dissensões, pelejas, isto é, obras da carne. 

Paulo ensinou aos gálatas que eles deviam se deixar guiar pelo Espírito de Deus (v. 18) para viverem nessa nova dimensão. De fato, a santificação tem seu aspecto progressivo na vida cristã e ela se desenvolve à medida que buscamos a Deus de forma totalmente dependente (Humilhando-se debaixo de sua potente mão). O Espírito Santo então nos toma pela mão como um adulto a uma criança e nos guia pelos caminhos da justiça. 

Quando, enfim, vivermos e nos movermos (ou andarmos) nessa nova dimensão para a qual Deus nos chamou e capacitou, experimentaremos uma vida abundante e plena. Portanto, deixemos de ser carnais e nos movamos nesta "matrix" do Espírito onde o poder de Deus nos torna mais do que vencedores por Cristo Jesus.


Lição 06: O Avivamento no Ministério de Pedro | 1° Trimestre de 2023

 Lição 06: O Avivamento no Ministério de Pedro | 1° Trimestre de 2023

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos o protagonismo do apóstolo Pedro, um dos mais destacados discípulos de Jesus Cristo, em dois momentos de sua vida. Primeiro, antes de ser batizado no Espírito Santo, apresentava-se como um homem impulsivo, voluntarioso e espiritual­ mente débil; segundo, depois do Pentecostes, foi transformado em um homem cheio de unção e revestido do poder do Alto. Temos preciosos ensinamentos para extrair dessa experiência na vida do apóstolo Pedro.

I – PEDRO ANTES DO PENTECOSTES

1- As duas atitudes de Pedro. Certo dia, Jesus perguntou aos discípulos a respeito de como as pessoas o identificavam. As respostas foram diversas: uns entendiam que Jesus era Joao Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. A partir dessas respostas, Jesus indagou-lhes a respeito da opinião deles acerca de sua identidade. Tomando a palavra, Pedro respondeu prontamente: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem o revelou, mas meu Pai, que está nos céus” (Mt 16.16,17).

Certamente, Pedro se sentiu gratificado, até mesmo, lisonjeado, com a resposta de Jesus a seu respeito diante dos outros discípulos. Imediatamente após esse episódio, Pedro recebe uma reprimenda de Jesus. Nosso Senhor havia dito que Ele iria para Jerusalém e padeceria nas mãos dos religiosos, mas ressuscitaria ao terceiro Em seguida, o mesmo Pedro retrucou: “Senhor tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso” (Mt 16.22).

De pronto, Jesus o repreendeu: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mt 16.23). Como deve ter sido desconfortável para Pedro ouvir uma pesada reprimenda após uma palavra de aprovação.

2- Pedro nega Jesus três vezes. Outro episódio revelador foi quando Pedro afirmou que jamais negaria o Senhor e Je­sus lhe diz que ele o negaria três vezes (Mt 26.31-35). A primeira vez, negou-o diante de uma criada (26.69,70). A segunda, diante de outra criada que dissera que o vira com Jesus (26.71,72). E, pela terceira vez, Pedro negou Cristo diante de várias pessoas, praguejando e jurando (26.73,74).

Depois desse momento, o galo cantou, e Pedro sentiu profundo arrependimento (26.75). Nossa Senhor, todavia, não o desprezou. Pelo contrário, quando ressuscitou, o anjo disse às mulheres que fossem dar a boa nova a seus discípulos; e o nome de Pedro foi destacado (Mc 16.7). Devemos ter o cuidado de não descartar pessoas por causa de alguma falha, pois Deus pode restaurar o espiritualmente fraco.

II – PEDRO APÓS O PENTECOSTES

1- Pedro batizado no Espírito Santo. Após ser batizado no Espírito Santo, Pedro tornou-se outro homem. Devido ao espanto das pessoas diante daquele fenômeno espiritual, o apóstolo dos judeus levantou a voz e, com eloquência, falou a respeito da promessa de Deus proferida pelo profeta Joel: “do meu Espírito derramarei sobre toda a carne” (At 2.18).

A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe a respeito do que deveriam fazer. Assim, Pedro concluiu sua calorosa pregação apelando para que se arrependessem e fossem batizados em nome de Jesus Cristo para receberem “o dom do Espírito Santo” (At 2.38). Resultado: quase três mil almas foram batizadas (At 2.41).

2- Pedro e a cura do coxo. Juntamente com João, Pedro chegou à Porta Formosa do Templo em Jerusalém. Eles viram um paralítico pedindo uma esmola. Em lugar de dar-lhe o que pedia, cheio do Espírito Santo, o apóstolo ordenou que o paralítico se levantasse e andasse “em nome de Jesus Cristo”. Imediatamente, o homem foi curado, entrou no Templo, saltando e louvando a Deus. Isso causou grande espanto entre os que estavam ali (At 3.10,11). Logo depois, o apóstolo Pedro aproveitou a ocasião do milagre para pregar a respeito da morte e da ressurreição de Cristo, enfatizando que o enfermo recebeu “perfeita saúde” em nome de Jesus (At 3.16).

3- Pedro avivado em outras ocasiões. O avivamento do Espírito Santo na vida de Pedro foi notório em outras ocasiões. Quase cinco mil pessoas aceitaram a Cristo como Salvador com a mensagem dos apóstolos (At 4.1- 4). Esse fato teve repercussão junto ao Sinédrio, o tribunal religioso dos judeus.

Os apóstolos foram interrogados pelo Sumo Sacerdote sobre com que autoridade eles faziam milagres, quando responderam com ousadia que era “em nome de Jesus Cristo”, a quem os judeus crucificaram injustamente (At 4.6-11). Após serem liberados da prisão, Pedro e Joao reuniram-se com os demais discípulos e relataram o ocorrido; até o lugar onde oraram, tremeu (At 4.29-31). Em Lida, houve um grandioso avivamento.

Quando Pedro ali chegou, orou por um homem chamado Enéias que estava paralítico há oito anos. Eneias foi curado e, por isso, houve muitas conversões ao Senhor (At 9-34-35); por sua oração, Dorcas ressuscitou dentre os mortos em Jope (At 9-36-42).

III – A IGREJA DE HOJE E O AVIVAMENTO DO PENTECOSTES

1- A Igreja atual e o Pentecostes. O Senhor Jesus previu que, antes da sua volta, haveria uma grande falta de fé; daí a reveladora pergunta: “[…] Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” (Lc 18.8). Num tempo como esse, a necessidade de um grande avivamento é imensa. Segundo a Bíblia, só pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes se os crentes buscarem o derramamento do Espírito Santo como no Dia de Pentecostes (At 2.1).

2- Tempos de multiplicação da iniquidade. Jesus alertou aos seus discípulos para as principais características dos fins dos tempos. Será uma época marcada pela multiplicação da iniquidade e do esfriamento do amor. Entretanto, o Senhor Jesus também previu um sinal altamente positivo a respeito da pregação do Evangelho por todo o mundo (Mt 24.4-14). Nesse sentido, para pregar o Evangelho nesses “tempos trabalhosos”, como o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo (2 Tm 3.1-5). A igreja deve estar avivada da mesma maneira que o apóstolo Pedro estava quando desempenhou seu ministério em Atos.

3- A Igreja será arrebatada. A Parábola das dez virgens (Mt 25.1-13), mais especialmente, as cinco prudentes, traz a imagem de uma Igreja santa, consagrada a Deus, ungida pelo Espírito Santo. É uma virgem preparada para o Noivo (Ef 5.26,27). E a Igreja que subirá na ocasião do Arrebatamento. Como o apóstolo Pedro que anelava pela vinda do Senhor de maneira avivada, estejamos também avivados e preparados para ouvir o toque da trombeta por ocasião do Arrebatamento da Igreja.

CONCLUSÃO

O ministério do apóstolo Pedro mudou completamente após ser revestido do poder de Deus. Antes do Pentecostes, ele não tinha firmeza, era precipitado e voluntarioso; mas depois, passou a existir um Pedro cheio da graça de Deus, de unção, de sabedoria e de poder para cumprir a missão confiada por Jesus aos discípulos. Sem dúvida, o apóstolo Pedro é um modelo de vida e de ministério, avivando sob o poder do Espírito Santo.

Acã

 Significado: turbulento; perturbado.



Descendente da tribo de Judá que, por seu pecado de tomar do anátema em Jericó uma capa e utensílios de prata e ouro, causou a derrota dos israelitas em Ai. Foi morto apedrejado no Vale de Acor (Josué 7).

Vale de Acor



Significado: Vale da Desgraça. Vale situado próximo à extinta cidade de Ai que recebeu esse nome por causa da derrota que os israelitas sofreram logo depois da vitória sobre Jericó. Deus permitiu que o exército hebreu fosse derrotado por causa do pecado de Acã. (Js 7). Quando Josué soube da derrota dos israelitas, rasgou suas vestes e questionou a Deus o qual respondeu que a culpa era do próprio povo que havia pecado. Deus orientou Josué a fazer um sorteio que recaiu sobre Acã o qual confessou o seu pecado e teve de ser apedrejado com tudo o que tinha no Vale de Acor.

Lição 3 - O Avivamento no Novo Testamento

 


LIÇÃO 3 – O AVIVAMENTO NO NOVO TESTAMENTO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, temos um panorama geral a respeito do avivamento no Novo Testamento. Estudaremos o avivamento trazido por Cristo mediante aos ho­mens comissionados por Ele para proclamar a mensagem de Boas-Novas para Israel e o mundo. Desse modo, nosso Senhor trouxe a mais poderosa men­sagem que os homens ouviram: a mensagem do Reino de Deus. Os apóstolos do Senhor transmitiram essa gloriosa mensagem por meio de epístolas e livros.

I – O AVIVAMENTO NOS EVANGELHOS

O Novo Testamento é a revelação última de Deus para o mundo. Abordamos, primeiramente, o avivamento em João, pois sua mensagem é a mais objetiva da parte de Cristo para uma missão gloriosa entre os homens.

1- O avivamento em João. O Evangelho de João foi escrito entre os anos 80 e 95 d.C. Sua abordagem difere dos outros três evangelistas. Daí não considerarmos esse Evangelho um livro sinótico. *

No encontro de Jesus com a mulher samaritana, uma “água” diferente e revelada aos homens: “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.14). Esse versículo é o resumo da missão redentora de Jesus: Preencher o vazio da alma com a salvação, sanar as necessidades espirituais e emocionais do ser humano. Só Jesus pode fazer isso. Esse encontro entre o Salvador e a mulher samaritana mostra que o fruto da mensagem divina traz vida aos que estão mortos espiritualmente (Cl 2.12,13). Esse é o maior de todos os avivamentos que uma pessoa pode experimentar.

2- O avivamento em Mateus. O Evan­gelho de Mateus foi escrito cerca de 60 d.C. É considerado o Evangelho do Reino ou o Evangelho do Rei. As expressões “Reino dos Céus”, “Reino” ou “Reino de Deus” aparecem mais de 30 vezes no texto. O propósito primário de Mateus é revelar aos judeus, e depois ao mundo, que Jesus é o Messias prometido no Antigo Tes­tamento por meio dos profetas. Assim, Mateus revela o real avivamento que o mundo poderia vivenciar (Mt 4.13-17).

3- O avivamento em Marcos. No Evangelho de Marcos, Jesus é apresentado como servo em três aspectos. Primeiro, ele mostra Jesus como o servo vencedor sobre as enfermidades, os demônios, as forças da natureza e a morte. Segundo aspecto, o evangelista apresenta Jesus como o servo sofredor, maltratado pelos líderes judaicos, sacerdotes, traído por Judas, um de seus discípulos (Mc 14.10,11), e humilhado pelos soldados romanos (Mc 15.1-20). Terceiro, Marcos apresenta Jesus como servo triunfante. A mensagem do anjo às mulheres, que foram ao seu túmulo, afirma: “[…] Já ressuscitou, não está aqui” (Mc 16.6-8). Assim, nosso Senhor foi morto, mas ressuscitou triunfante ao terceiro dia, vencendo a morte, o pecado, o mundo e o Maligno.

4- O avivamento em Lucas. O Evangelho de Lucas, “o médico amado” (Cl 4.14), é considerado “o evangelho do Filho do Homem” (Lc 19.10) pelos estudiosos. Nenhum outro evangelista retrata tão bem a humanidade de Jesus. Lucas registra o nascimento singular do Salvador (Lc 2.1-7), bem como a mensagem dos anjos aos pastores (Lc 2.10-14). Um novo tempo que chegava para Israel e o mundo. Era o avivamento enviado dos céus.

II – O AVIVAMENTO NOS ATOS DOS APÓSTOLOS

A mensagem do livro de Atos trans­cende a história da Igreja Primitiva. Ela mostra que o Evangelho ultrapassou as fronteiras de Israel, chegando aos gentios de maneira impactante e avivada.

1- O avivamento na Igreja Primitiva. No primeiro capítulo de Atos, o evangelista registra as palavras de Jesus, quando nosso Senhor disse aos apóstolos em sua despedida: “Vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5). O cumprimento dessa promessa na vida da Igreja seria o maior avivamento ocorrido na história.

2- A descida do Espírito Santo. O batismo no Espírito Santo, registrado em Atos 2, é o comprimento da promessa de Deus feita em 835 a.C (Jl 2.28,29). Esse evento trouxe um avivamento espiritual no nascimento da Igreja. Antes da chegada do Espírito Santo, nosso Senhor reuniu os discípulos e deu-lhes “a Grande Comissão” (Mc 16.15-18). Dias depois, receberam o cumprimento da gloriosa promessa, quando foram cheios do Espírito Santo (2.1-3), para executar “a Grande Comissão”. Para pregar o Evangelho é preciso receber o avivamento que vem do alto.

II- O AVIVAMENTO NAS EPÍSTOLAS E NO APOCALIPSE

1- Nas epístolas paulinas. Após a sua dramática conversão, o apóstolo Paulo passou por uma radical transformação de vida. De perseguidor, Deus o transformou em pregador, e apóstolo, e doutor dos gen­tios (2Tm 1.11). Não por acaso, ele escreveu 13 cartas entre igrejas e pessoas. Em suas epístolas destinadas às igrejas, podemos destacar temas como a “justificação pela fé” em Romanos (Rm 5.1); a salvação em 1 e 2 Coríntios; a transformação do corpo por ocasião da volta de Jesus em 1 e 2 Tessalo­nicenses (1Ts 4.16,17); o advento da alegria dos salvos em Filipenses (Fp 4.4). Todavia, e especialmente, vale destacar o apelo do apóstolo aos efésios: “mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Esse apelo continua a ecoar atualmente.

2- Nas epístolas gerais (ou univer­sais). As epístolas universais apresentam oito documentos. Aparentemente sem perspectivas avivalistas, elas revelam princípios que dão suporte à verdadeira vida cristã. Essas epístolas revelam a supremacia de Cristo em todas as esferas da vida; o valor da fé e da salvação, acompanhadas de boas obras; o valor da santificação e do amor de Deus derramados nos corações dos salvos. Esses princípios apontam para uma vida cristã avivada.

3- No livro do Apocalipse. o último livro da Bíblia (90-96 d.C.) traz revelações singulares a respeito dos fins dos tempos: a revelação do Cristo glorificado (Ap 1.1); a revelação de coisas passadas (Ap 1.19); a revelação de coisas em relação a igreja (Ap 2 e 3); em relação às nações; o Arrebatamento da Igreja, o Tribunal de Cristo (2Co 5.10), a entrega dos galardões, as Bodas do Cordeiro (Ap 4-22). Depois de sete anos, em que haverá a Grande Tribulação na terra, o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro no céu, Jesus voltará em glória e será visto por todos os habitantes da Terra (Ap 1.7). Ele dará fim a Grande Tribulação e implantará gloriosamente o seu Reino Milenial. Nesse dia, o mundo viverá o maior e o último avivamento da história.

CONCLUSÃO

O Novo Testamento é a revelação de Deus para a sua Igreja e a mensagem de salvação para toda a humanidade. Por isso, ao longo desse divino documento, podemos perceber a vontade de Deus para um avivamento genuíno do seu povo. No geral, o Novo Testamento revela o plano de Deus para o mundo, bem como suas diretrizes para que a Igreja exerça, de maneira avivada, a sua missão na Terra.

Lição 4 - O ministério avivado de Jesus

 


Lição 4 – 22/01/2023

TÍTULO: O MINISTÉRIO AVIVADO DE JESUS

TEXTO ÁUREO

“Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor.”  (Lc 4.14)

 VERDADE PRÁTICA

O alcance espiritual da vida de um crente avivado revela a extraordinária atuação do Espírito Santo.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Lc 1.35 O nascimento de Jesus sob virtude do Espírito

Terça - Lc 4.14 O ministério de Jesus sob a virtude do Espírito

Quarta - Mt 4.1 Jesus conduzido pelo Espírito ao deserto

Quinta - Mt 6.9-13 A oração modelo de Jesus para os discípulos

Sexta - Mt 3.13-21 O batismo de Jesus e a confirmação do Espírito

Sábado - Lc 4.18,19 A missão de Jesus e  o propósito de seu ministério

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 4.14-22

14- Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor.

15- E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado.

16- E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.

17- E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:

18- O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,

19- a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.

20- E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.

21- Então, começou a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.

22- E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José?

INTRODUÇÃO

Jesus iniciou o seu ministério na Galileia, provocando grande repercussão diante do povo, pois “a sua fama correu por todas as terras em derredor” (Lc 4.14). Isso aconteceu porque “pela virtude do Espírito Santo, Jesus voltou para a Galileia” (Lc 4.14). Nesta lição, veremos o impacto do ministério do Senhor sobre o povo. Além de um ministério avivado, sua mensagem era proclamada sob a autoridade do Espírito Santo.

 PALAVRA-CHAVE Jesus

 

I – JESUS E A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

 1. O Espírito Santo na vida de Jesus.  a) No nascimento. O anjo Gabriel deu a seguinte notícia a Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35). Aqui, vemos o papel do Espírito Santo como executor divino do mistério da encarnação: Sob a virtude do Espírito, nosso Senhor se tornou o Emanuel. Isso significa “Deus conosco”; o Deus que se fez homem e habitou entre nós (Jo 1.14).

b) No batismo. Antes de iniciar o seu ministério na Galileia, Jesus submeteu-se ao batismo de João, no Rio Jordão. Ao sair da água, “viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo sobre Ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16,17). Era uma manifestação indubitável da Santíssima Trindade: o Pai declarando Jesus como seu “Filho amado”; o Filho, Jesus, saindo da água; e o Espírito Santo, materializado em forma de pomba, descendo sobre Ele.

c) Na tentação. Depois do batismo, Jesus foi conduzido “pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mt 4.1– grifo meu). Ali, experimentou o jejum de “quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome” (Mt 4.2). Em todas as investidas satânicas, Jesus foi vencedor, usando a poderosa Palavra de Deus. A cada ataque, nosso Senhor respondia: “Está escrito [...]”. Assim, fica claro que se o Senhor Jesus não tivesse a presença do Espírito Santo, o resultado de suas provações não seria satisfatório.

2. O Espírito Santo no ministério de Jesus. Com cerca de 30 anos, Jesus iniciou seu ministério terreno, depois de voltar do monte da tentação, no deserto da Judeia, pela Galileia (Lc 4.14,15). A Leitura Bíblica em Classe, desta lição, mostra que Jesus foi ungido pelo Espírito “para evangelizar os pobres”.

Esta era a missão de seu ministério. De modo geral, nosso Senhor sabia que, por causa dos bens terrenos, os ricos deste mundo não se interessam pela sua Palavra (Mt 19.23,24). Além disso, nosso Senhor foi ungido pelo Espírito para “curar os quebrantados do coração”. Só para explicar, quebrantados do coração são aqueles que têm um coração humilde, uma disposição para submeterem-se à vontade de Deus (Sl 34.18). Por isso, nosso Senhor veio tocar o coração dos homens. Ainda mais, Ele também fez um convite aos “cansados e oprimidos” (Mt 11.28), apregoou “liberdade aos cativos” (Jo 8.31-36), aos que estão sujeitos à escravidão do pecado (Rm 8.20,21), deu “vista aos cegos” (Jo 9.39-41) e pôs “em liberdade os oprimidos”. Desse modo, o Espírito Santo atuava diretamente na obra do nosso Salvador.

SINOPSE I

O Espírito Santo teve uma participação ativa na vida e no ministério de Jesus

 

II – JESUS E A ORAÇÃO EM SEU MINISTÉRIO

1. O valor da oração. A oração do Pai-Nosso aparece em duas versões nos Evangelhos: a primeira, em Mateus 6.9-13; a segunda, em Lucas 11.2-4. Em Mateus ela se encontra no contexto do Sermão do Monte. Ali, a oração do Pai-Nosso não cumpre mera orientação litúrgica, mas revela o coroamento de um estilo de vida sem hipocrisia e exibicionismo religioso (Mt 6.5-9). Dessa forma, uma pessoa avivada se dirige a Deus como o “Pai Nosso”, “santifica” o nome dEle, deseja a “vinda do Reino”, anela por viver a “vontade de Deus”, a cada dia está na dependência do Senhor (“dá-nos o pão nosso”), confessa os pecados e pede perdão, ela suplica por proteção a Deus e, finalmente, sabe que dEle é o Reino, o poder e a glória para sempre (Mt 6.5-9). Essa oração revela uma vida humilde e quebrantada diante de Deus.       

2. Uma vida de oração. Nos Evangelhos podemos perceber várias ocasiões de oração no ministério de Jesus. Ele orou para escolher seus discípulos (6.12-16), fez uma oração de gratidão por Deus se revelar aos humildes por ocasião do envio dos 70 discípulos (Lc 10.21; Mt 11.25). Logo, aprendemos, com Jesus, a importância de uma vida de oração, pois mesmo sendo Deus, na condição humana, nosso Senhor buscava comunhão com o Pai por meio da oração. Além disso, sua vida de oração, no Getsêmani, também nos ensina que a vontade do Pai sempre é a melhor (Mt 26.36-46).  


III – UMA VIDA NA UNÇÃO DO ESPÍRITO

Com unção nos referimos a uma vida de serviço sob a confirmação do Espírito Santo, a semelhança da atuação do Espírito no ministério de Jesus (Lc 4.8).

1. A unção do Espírito na vida do obreiro. O obreiro tem muitas atribuições na obra do Senhor. Ele exerce a liderança administrativa, a atividade do ensino e alguns, até mesmo, da música cristã. Por isso, é muito fácil essas atividades caírem na rotina e se tornarem meramente burocráticas. Mas o obreiro ungido sabe que o Espírito Santo renova as suas forças, não permite que veja a obra do Senhor com mero olhar humano e, de maneira graciosa, vê a confirmação do seu ministério quando o Senhor salva vidas por meio de uma pregação ungida, quando crentes mudam atitudes por causa de um ensino dirigido pelo Espírito, quando há edificação espiritual por meio de um louvor bem executado na presença de Deus (1 Co 14.26).

Mas todo esse bem do Senhor, inevitavelmente, é acompanhado de uma vida piedosa. Por isso, o obreiro do Senhor não deve negligenciar a oração, o jejum e o estudo devocional da Palavra de Deus (1 Tm 4.7). Esses exercícios piedosos são o alimento espiritual diário e permanente de todo obreiro avivado na obra do Senhor.

2. A unção do Espírito na vida do crente. Viver uma vida na unção do Espírito não é privilégio apenas dos que exercem vocação ministerial na igreja local. A Palavra de Deus diz que nós somos “o sacerdócio real”, chamados para anunciar “as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9).

Mais precisamente, Deus chamou cada crente a comunicar o Evangelho em todos os lugares em que seus pés tocarem (Mt 28.19; Ef 6.15). Mas para isso, a nossa vida deve estar debaixo da unção do Espírito (Mt 25.4). Então, exerceremos influência poderosa em nossa família, na faculdade, no local de trabalho ou em quaisquer esferas da sociedade. Assim, seremos testemunhas poderosas de Jesus sob a unção do Espírito Santo (Jo 14.26). 

 SINOPSE III

Jesus teve uma vida de serviço sob a confirmação do Espírito Santo.

 

CONCLUSÃO

Nesta lição, vimos que o Senhor Jesus teve um ministério avivado porque foi ungido pelo Espírito Santo. Ora, se o Senhor Jesus, sendo Deus, foi ungido pelo Espírito Santo para desenvolver o seu ministério, por que conosco seria diferente? Vivamos, pois, uma vida de serviços na causa do Mestre, de modo que o Espírito Santo confirme a nossa vocação.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Segundo a lição, qual o papel do Espírito Santo no mistério da encarnação?

2. Cite pelo menos três objetivos no ministério de Jesus ao ser ungido pelo Espírito Santo.

3. O que a oração do Pai-Nosso revela?

4. O que o obreiro não deve negligenciar?

5. Por que Deus chamou cada crente?

Não pudestes vigiar nem uma hora comigo?

Não pudestes vigiar nem uma hora comigo?

Mateus 26.40b



Jesus estava no Getsemani. Após a cerimônia da Páscoa, sua última celebração, ocasião em que instituiu também a cerimônia da Nova Aliança que estava prestes a concretizar na Cruz, o Senhor levou seus discípulos para um local afastado da cidade descrito nos evangelhos como um horto ou jardim. Com exceção de Judas, o traidor, os discípulos foram ali pernoitar com o Senhor, sem se darem conta das coisas que estavam próximas de acontecer. Para eles não havia nada de anormal. Estavam enfadados e esperavam tirar um cochilo, pois certamente seu mestre os levaria no dia seguinte por mais uma extenuante jornada de curas e de pregações, principalmente por estarem em Jerusalém por ocasião da maior e mais importante festa judaica.

Ficaram surpresos, todavia, ao chegarem ao local. O Senhor chamou três deles à parte, Pedro, Tiago e João, aos quais confessou estar muito angustiado e, em seguida, afastou-se um pouco deles para orar solitariamente, mas antes lhes pediu que também vigiassem com ele do ponto onde estavam. O Senhor orou ao Pai para que, se fosse possível, livrasse-o de beber o cálice da cruz, mas que fizesse a vontade divina. Ao voltar para o ponto onde estavam os três discípulos, encontrou-os dormindo. Falou, então, para Pedro, talvez por ser o mais velho, se ele não pudera vigiar ao menos uma hora com ele. 

Meditemos um pouco nessas palavras do Senhor usadas para arguir a Pedro.

  1. O Senhor estava emocionalmente fragilizado. Por sua natureza divina, sabia de tudo o que estava para lhe acontecer. Não creio que temesse a morte ou mesmo a dor, mas antes a humilhação a que estava para ser submetido. Ele precisava do apoio de alguém que, pelo menos, orasse com ele naquele instante. Mas tudo o que encontrou em seus amigos foi descaso com sua dor, insensibilidade total. Por duas vezes ainda, o Senhor os encontrou adormecidos, até que já fortalecido e determinado, diz para que durmam, porque não havia mais tempo e a sua hora havia chegado. Nesse momento chegam os soldados e a multidão de arruaceiros conduzidos por Judas e arrastam nosso mestre para a prisão. Os discípulos então se acordaram, mas era tarde demais. Nada fizeram pelo Senhor em seus momentos finais com ele, não o consolaram, não intercederam por ele. Se o Senhor não fosse quem era, talvez tivesse desistido ali mesmo. Pedro ainda esboçou uma reação, como nos diz o evangelista João, mas foi ação carnal que teve de ser corrigida por Jesus. O Senhor ainda quer nos dias de hoje que vigiemos com ele em oração pelo menos por uma hora? Esta pergunta me veio à mente. Claro que Ele não precisa mais de apoio emocional ou companhia humana, mas entendo que ele deseja, sim, que velemos em oração diariamente. Ele deseja que oremos por outros que à semelhança dele no Getsêmani, estão em grande angústia. Seja por problemas pessoais, seja por tragédias coletivas, como os refugiados na Síria, as vítimas de tragédias naturais, os enfermos nos hospitais, os encarcerados, os perseguidos pelo evangelho, as crianças e moradores de rua, as vítimas da violência, os pobres e oprimidos. O Senhor quer que oremos, pois, além de nosso mundinho confortável, há um mundão de gente que padece e morre todos os dias, muitos deles sem pelo menos o conforto da salvação eterna.

  2. O Senhor insistiu para que orassem a fim de que estivessem prontos para os momentos tenebrosos que estavam por vir. Na verdade, eles, os discípulos, estariam mais se ajudando do que ao Senhor se tivessem orado naquela noite. Mas o Senhor deu a dica: Vigiai e orai para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mt 26.41). A falta de oração resultou em dúvidas, em negação, em debandada geral. Por que devemos orar, mesmo quando tudo parece tranquilo, quando está bem entre nós e Deus, quando na família não falta nada? Porque não sabemos o que virá nos momentos seguintes. Devemos orar sempre para que possamos resistir no dia mau (Efésio 6.13). O que virá a seguir em nossas vidas? Pode ser que a sequência de dias tranquilos prossigam indefinidamente, mas pode ser que uma tragédia nos ocorra, um acidente fatal leve-nos um ente querido, uma tentação ameace destruir nossa integridade espiritual, uma traição de alguém querido nos desestabilize espiritual e emocionalmente, uma grave doença acometa a nós ou uma pessoa querida, uma perseguição venha a obrigar-nos a mudar de emprego, de domicílio; uma crise financeira ocasione o nosso desemprego ou atraso de nossos salários. Só para ilustrar. E por que estamos tão tranquilos? Por que estamos usando e abusando deste mundo? Por que não oramos nem uma hora por dia? Diferente de nosso Senhor, nada sabemos sobre o futuro. Somos como cegos tateando no escuro de nossa visão presente, crentes que tudo será normal amanhã e depois e depois. Se nada sabendo sobre o instante seguinte somos tão despreocupados, imagine se soubéssemos alguma coisa. Acho que só oraríamos às vésperas de nossas tragédias. Talvez seja por isso que Deus não nos tenha dado a capacidade de conhecer o futuro, para que, pelo menos, oremos e confiemos nele.

  3. O Senhor, nos seus momentos finais, demonstrou com seu exemplo a importância e a necessidade da oração. O que uma pessoa faz nos momentos que antecedem uma viagem ou mesmo a morte, no caso de pacientes terminais conscientes? Ela fala com seus entes e amigos sobre coisas realmente importantes. O Senhor quis enfatizar para seus discípulos a importância da oração. Ao orar ali no Jardim, seus temores se dissolveram de todo e uma vigorosa determinação lhe motivou a concluir sua missão. Vê-se uma grande diferença de quando o Senhor chega no jardim e quando, após orar, ele recebe seus algozes. Não havia mais temor algum. Há uma diferença entre a confiança resultante da comunhão com Deus e da postura temerária que muitos demonstram pela falta de oração. Quem ora sabe que o mal sempre virá, algum dia, de algum modo, por isso, procura se preparar e, quando a tempestade chega, encara-a com paz e convicção; atravessa os vales de sombra e morte guiados pelo Divino Pastor. Quem vive despreocupadamente como se o mundo fosse um salão de festas, onde tudo é sorriso, é música, é alegria, é lazer e passatempo, pode não resistir às intempéries da vida. 


Hoje, somos uma geração de cristãos que ora pouco ou quase nada, com louváveis exceções. Louvamos a Deus com nossos lábios, mas nossos corações estão bem distantes dele. Talvez oramos pouco porque não vemos necessidade disso e há muito com que se distrair. Não há necessidade porque a medicina nos cura com suas drogas e aparelhagens tecnológicas; não há necessidade porque os traumas podem ser curados com psicólogos e terapeutas; não necessitamos de oração porque temos empregos e salários e não dependemos tanto da natureza (como dependem os que vivem da caça e da pesca, por exemplo). Além disso, há tantas distrações “bem melhores” do que a oração e a leitura da palavra. Gastamos horas com novelas, filmes e seriados e com conversas fúteis nas redes sociais, temos também tantas opções de lazer como as praias, os restaurantes, as viagens turísticas. Não que isso seja mau em si, o problema é que nunca temos tempo para orar, mas para tudo o mais temos. Infelizmente nosso problema é que não priorizamos a oração e que ela perde de dez a zero para tudo o mais. Eis a espécie de cristãos que somos.


 



Os filhos de Deus

 

Mensagem: os filhos de Deus

Texto 1 João 3.1-10




Esta epístola foi escrita no final do primeiro século, pelo apóstolo João, que a essa altura era um ancião em avançada idade e era o último dos apóstolos ainda vivo. Ele a escreveu, provavelmente para as igrejas da Ásia Menor, a partir de Éfeso. Seu propósito ao escrever esta carta foi o de combater uma heresia que ameaçava corromper as verdades do Evangelho, denominada Gnosticismo. Os seguidores dessa heresia ensinavam entre outras coisas que a matéria era má e o espírito era bom, portanto, Jesus não poderia ter vindo em carne; que o corpo, por ser matéria, deveria ser destruído e, por isso, adotavam um estilo de vida desregrado e dissoluto, entregando-se a toda espécie de orgias e vícios. 

João abre sua epístola declarando-se testemunha ocular de que Jesus viera em carne e que os negavam esta verdade possuíam o espírito do Anticristo. Defendeu também uma vida de pureza para aqueles que professavam ser cristãos. 

No capítulo que lemos ele chama a atenção de seus leitores para o grande amor que o Pai lhes havia concedido: de serem chamados filhos de Deus. E que isso já era um fato, embora ainda não tivesse se concluído o que haviam de ser e que isso só seria feito quando o Senhor se manifestar, isto é, voltar. 


1. PRIVILÉGIO

Então podemos entender que João está falando de um grande privilégio que os crentes haviam recebido, que reconhecessem esse fato, que o observassem. Ao meditar sobre isso, particularmente me vem à mente uma grande alegria porque penso que Deus poderia simplesmente nos ter concedido a salvação e isso já seria de grande monta, no entanto, além de nos conceder a salvação, o direito à vida eterna, ele nos deu mais: nos deu a própria filiação! Ele nos adotou como seus filhos! E isso está em consonância com outros textos das escrituras, vejamos:


Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; João 1:12 


Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. Romanos 8:15 


2. A VOLTA DO SENHOR

A forma definitiva que teremos com essa condição só será concluída quando da manifestação de nosso Senhor – versículo 2


3. CONTRAPARTIDA DO CRISTÃO

Todo privilégio traz consigo responsabilidades; assim, nossa elevada posição de filhos exige de nós o desenvolvimento de características que evidenciam esse fato. Não basta se dizer filho, é preciso ter as características que comprovam a filiação: 

a) Purificar-se – v. 3

b) Não viver na prática do pecado – vs. 4-6

c) Praticar a justiça (correto) – vs. 7-10

d) Amar os irmãos – v. 10b


Conselhos para a união da família

 Conselhos para se ter uma família unida

Salmos 133 e outros




  • Seja um pacificador: esteja sempre disposto a pacificar os ânimos quando membros de sua família estiverem em conflito; não “jogue lenha na fogueira”. Se o problema for com você, procure a conciliação, em vez de reivindicar a razão em seu favor. Lembre-se: Bem aventurados os pacificadores porque serão chamados de filhos de Deus. (Mt 5.9); e também: “(  ) procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.” (Ef 4.3).

  • Seja um agregador: procure fazer a ponte entre seus familiares; integre sua família. Reúna a família, faça um almoço delicioso, não somente nas ocasiões especiais; comer juntos sempre ajuda a integrar as pessoas; converse com aquele membro que está ausente; ligue, mande uma mensagem no Whatsapp.

  • Celebre os momentos de vitória: seja por um aniversário natalício, seja pela formatura de um dos filhos ou cônjuge, seja por causa das bodas de casamento. Nessas ocasiões a família se reúne, se alegre,festeja.

  • Comunique-se: aprenda a dialogar, provoque o diálogo até que ele se torne um hábito na família. Mostre interesse pelo que o outro diz, pelo que os filhos estão dizendo, não os ignore; preste atenção no que o outro fala, olhe nos olhos, não fique distraído, vendo redes sociais. Ao conversarem sobre um assunto qualquer, não tente fazer seu ponto de vista prevalecer, não precisa alterar a voz; conversar não é gritar; não aja como se estivesse em um debate, não queira ser o dono da razão; esteja disposto a ser convencido (não vencido); dialogar é ouvir também, não só falar; estes são alguns erros da comunicação que devem ser evitados.

  • Cuidado com as críticas: nada mais desagregador, divisor, do que as críticas. A crítica é necessário, mas precisa ser feita com amor e respeito. A pessoa sincera e que ama de verdade não apenas elogia, mas também critica. Não critique em público. Não seja irônico, nem critique além do necessário. Se possível, diga coisas positivas também, desde que sinceras.

  • Promova momentos de oração, devocionais: há promessas sobre a oração em grupo. A oração age no campo espiritual.

  • Perdoe: experimente o poder do perdão. Ele liberta tanto o ofensor quanto o ofendido.

  • Cumpra o seu papel e seus deveres no núcleo familiar. Muitos conflitos advém da negligência para com as atribuições de cada um na família. Isso pode sobrecarregar um dos membros, que terá de fazer o seu papel e do outro; pode gerar também insegurança para os filhos. Homem: é o marido; o pai; o cabeça; o provedor; deve exercer sua liderança natural, não transferi-la; Mulher: é a esposa; mãe; adjutora na condução do lar e dos filhos; tem autoridade para disciplinar; Filhos: devem honrar aos pais, obedecendo, respeitando, ajudando. 

Renovação Espiritual na Família

 Renovação espiritual na família

Texto: Gênesis 35.1-15




Introdução: Sabemos que Deus ao criar o ser humano, criou também a família, portanto ela é um projeto divino. No entanto, a família vem sofrendo muitos ataques e males (brigas, conflitos, separações, divórcios, vícios, violência, etc.). Mesmo nas famílias cristãs, cujos pais procuram ensinar seus filhos a obedecerem a Palavra de Deus, há inúmeros problemas. Por isso, é importante que, como pais e responsáveis por nossas lares, analisemos como estão as coisas. Muitas vezes deixamos “tudo correr frouxo”, por negligência ou por comodismo mesmo. Mas não é assim que Deus deseja que ajamos, antes quer ver cada lar cristão vivendo no temor do Senhor. E nessa questão, os pais têm um papel preponderante. Vejamos através do exemplo de Jacó, como devemos agir para que nossa família tenha um verdadeiro avivamento espiritual e as bênçãos do Senhor advenham sobre nós. 


1- O contexto 

No capítulo 34, vemos um grande mal praticado pelos filhos de Jacó, Simeão e Levi porque mataram os homens da cidade de Siquém por causa de sua irmã Diná, que fora deflorada. Jacó estava muito apreensivo, com medo de uma retaliação. Certamente ele foi orar ao Senhor. Muitas vezes, Deus permite que passemos por lutas para que venhamos a buscá-lo. (Contar o que Deus fez em minha família).


2 – A orientação divina

a) Jacó recebe a orientação divina, isto é dá ouvidos

b) Jacó fala com sua família para tirar os ídolos e se purificarem

c) Jacó volta a Betel agora com sua família onde levanta um altar (fazer a ligação com a primeira menção a Betel – Gn 28.10-22) / O significado de Betel (casa de Deus) e o nome do altar (El Betel – o Deus de Betel) / O significado de ‘levantar um altar’ - que tinha por finalidade adorar ao Senhor, o Deus Altíssimo. 


3 – Resultados da atitude de Jacó

a) Deus lhe aparece outra vez – sentiu a presença de Deus

b) Seu nome foi definitivamente mudado para Israel, que significa ‘homem que luta com Deus’ - essa mudança de nome simboliza uma mudança de vida, de caráter. Seu nome havia sido mudado quando lutara com o anjo no vale do ribeiro de Jaboque, mas parece que ainda não assumido essa nova identidade. Deus mudou o nome de Abraão, de Sara, de Paulo, de Josué. Temos a promessa de receber um novo nome (Ap 2.17). 

c) Deus renova a promessa de que seus descendentes herdariam a terra de Canaã em possessão eterna.


Conclusão: Não descuidemos do estado espiritual nosso e de nossa família. Busquemos ao Senhor em todo o tempo.