Lição 06: O Avivamento no Ministério de Pedro | 1° Trimestre de 2023
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos o
protagonismo do apóstolo Pedro, um dos mais destacados discípulos de Jesus
Cristo, em dois momentos de sua vida. Primeiro, antes de ser batizado no
Espírito Santo, apresentava-se como um homem impulsivo, voluntarioso e
espiritual mente débil; segundo, depois do Pentecostes, foi transformado em um
homem cheio de unção e revestido do poder do Alto. Temos preciosos ensinamentos
para extrair dessa experiência na vida do apóstolo Pedro.
I – PEDRO ANTES DO PENTECOSTES
1- As duas atitudes de Pedro.
Certo dia, Jesus perguntou aos discípulos a respeito de como as pessoas o
identificavam. As respostas foram diversas: uns entendiam que Jesus era Joao
Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. A partir dessas
respostas, Jesus indagou-lhes a respeito da opinião deles acerca de sua
identidade. Tomando a palavra, Pedro respondeu prontamente: “Tu és o Cristo, o
Filho do Deus Vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu,
Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem o revelou, mas meu Pai, que
está nos céus” (Mt 16.16,17).
Certamente, Pedro se sentiu
gratificado, até mesmo, lisonjeado, com a resposta de Jesus a seu respeito
diante dos outros discípulos. Imediatamente após esse episódio, Pedro recebe
uma reprimenda de Jesus. Nosso Senhor havia dito que Ele iria para Jerusalém e
padeceria nas mãos dos religiosos, mas ressuscitaria ao terceiro Em seguida, o
mesmo Pedro retrucou: “Senhor tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá
isso” (Mt 16.22).
De pronto, Jesus o repreendeu:
“Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes
as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mt 16.23). Como deve
ter sido desconfortável para Pedro ouvir uma pesada reprimenda após uma palavra
de aprovação.
2- Pedro nega Jesus três
vezes. Outro episódio revelador foi quando Pedro afirmou que jamais negaria o
Senhor e Jesus lhe diz que ele o negaria três vezes (Mt 26.31-35). A primeira
vez, negou-o diante de uma criada (26.69,70). A segunda, diante de outra criada
que dissera que o vira com Jesus (26.71,72). E, pela terceira vez, Pedro negou
Cristo diante de várias pessoas, praguejando e jurando (26.73,74).
Depois desse momento, o galo
cantou, e Pedro sentiu profundo arrependimento (26.75). Nossa Senhor, todavia,
não o desprezou. Pelo contrário, quando ressuscitou, o anjo disse às mulheres
que fossem dar a boa nova a seus discípulos; e o nome de Pedro foi destacado
(Mc 16.7). Devemos ter o cuidado de não descartar pessoas por causa de alguma
falha, pois Deus pode restaurar o espiritualmente fraco.
II – PEDRO APÓS O PENTECOSTES
1- Pedro batizado no Espírito
Santo. Após ser batizado no Espírito Santo, Pedro tornou-se outro homem. Devido
ao espanto das pessoas diante daquele fenômeno espiritual, o apóstolo dos
judeus levantou a voz e, com eloquência, falou a respeito da promessa de Deus
proferida pelo profeta Joel: “do meu Espírito derramarei sobre toda a carne”
(At 2.18).
A pregação do apóstolo Pedro
teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles, compungidos no
coração, indagavam-lhe a respeito do que deveriam fazer. Assim, Pedro concluiu
sua calorosa pregação apelando para que se arrependessem e fossem batizados em
nome de Jesus Cristo para receberem “o dom do Espírito Santo” (At 2.38).
Resultado: quase três mil almas foram batizadas (At 2.41).
2- Pedro e a cura do coxo.
Juntamente com João, Pedro chegou à Porta Formosa do Templo em Jerusalém. Eles
viram um paralítico pedindo uma esmola. Em lugar de dar-lhe o que pedia, cheio
do Espírito Santo, o apóstolo ordenou que o paralítico se levantasse e andasse
“em nome de Jesus Cristo”. Imediatamente, o homem foi curado, entrou no Templo,
saltando e louvando a Deus. Isso causou grande espanto entre os que estavam ali
(At 3.10,11). Logo depois, o apóstolo Pedro aproveitou a ocasião do milagre
para pregar a respeito da morte e da ressurreição de Cristo, enfatizando que o
enfermo recebeu “perfeita saúde” em nome de Jesus (At 3.16).
3- Pedro avivado em outras
ocasiões. O avivamento do Espírito Santo na vida de Pedro foi notório em outras
ocasiões. Quase cinco mil pessoas aceitaram a Cristo como Salvador com a
mensagem dos apóstolos (At 4.1- 4). Esse fato teve repercussão junto ao
Sinédrio, o tribunal religioso dos judeus.
Os apóstolos foram
interrogados pelo Sumo Sacerdote sobre com que autoridade eles faziam milagres,
quando responderam com ousadia que era “em nome de Jesus Cristo”, a quem os
judeus crucificaram injustamente (At 4.6-11). Após serem liberados da prisão,
Pedro e Joao reuniram-se com os demais discípulos e relataram o ocorrido; até o
lugar onde oraram, tremeu (At 4.29-31). Em Lida, houve um grandioso avivamento.
Quando Pedro ali chegou, orou
por um homem chamado Enéias que estava paralítico há oito anos. Eneias foi
curado e, por isso, houve muitas conversões ao Senhor (At 9-34-35); por sua
oração, Dorcas ressuscitou dentre os mortos em Jope (At 9-36-42).
III – A IGREJA DE HOJE E O
AVIVAMENTO DO PENTECOSTES
1- A Igreja atual e o
Pentecostes. O Senhor Jesus previu que, antes da sua volta, haveria uma grande
falta de fé; daí a reveladora pergunta: “[…] Quando, porém, vier o Filho do
Homem, porventura, achará fé na terra?” (Lc 18.8). Num tempo como esse, a
necessidade de um grande avivamento é imensa. Segundo a Bíblia, só pode haver
um tempo de avivamento nos dias presentes se os crentes buscarem o derramamento
do Espírito Santo como no Dia de Pentecostes (At 2.1).
2- Tempos de multiplicação da
iniquidade. Jesus alertou aos seus discípulos para as principais
características dos fins dos tempos. Será uma época marcada pela multiplicação
da iniquidade e do esfriamento do amor. Entretanto, o Senhor Jesus também
previu um sinal altamente positivo a respeito da pregação do Evangelho por todo
o mundo (Mt 24.4-14). Nesse sentido, para pregar o Evangelho nesses “tempos
trabalhosos”, como o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo (2 Tm 3.1-5). A igreja
deve estar avivada da mesma maneira que o apóstolo Pedro estava quando
desempenhou seu ministério em Atos.
3- A Igreja será arrebatada. A
Parábola das dez virgens (Mt 25.1-13), mais especialmente, as cinco prudentes,
traz a imagem de uma Igreja santa, consagrada a Deus, ungida pelo Espírito
Santo. É uma virgem preparada para o Noivo (Ef 5.26,27). E a Igreja que subirá
na ocasião do Arrebatamento. Como o apóstolo Pedro que anelava pela vinda do
Senhor de maneira avivada, estejamos também avivados e preparados para ouvir o
toque da trombeta por ocasião do Arrebatamento da Igreja.
CONCLUSÃO
O ministério do apóstolo Pedro
mudou completamente após ser revestido do poder de Deus. Antes do Pentecostes,
ele não tinha firmeza, era precipitado e voluntarioso; mas depois, passou a
existir um Pedro cheio da graça de Deus, de unção, de sabedoria e de poder para
cumprir a missão confiada por Jesus aos discípulos. Sem dúvida, o apóstolo
Pedro é um modelo de vida e de ministério, avivando sob o poder do Espírito Santo.
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