A alegria de achar o que se perdeu

Quem nunca perdeu alguma coisa e, depois que a achou, ficou muito feliz em tê-la achado?

O preço da nossa redenção

Somos salvos pela graça, mas nossa salvação custou um alto preço.

Seja o seu próprio carrasco!

As evidências de que somos ressuscitados com Cristo.

Receita para um ano novo de paz

O melhor de todos os presentes - a paz de Cristo

Removendo montanhas pela fé

Um estudo bíblico sobre o significado de mover montanhas.

Deixando de comer migalhas para sentar-se à mesa como filho

 Deixando de comer migalhas para sentar-se à mesa como filho 

Texto: Mc 7.24-30; Mt 15.21-28



  • A mulher era gentílica - Mateus diz que era cananéia e Marcos completa informando que ela era grega, siro-fenícia de nascimento. Jesus havia se retirado para a região de Tiro e Sidom, fora de Israel, para ali descansar com seus discípulos. Ele entrou em uma casa e não queria que ninguém soubesse de sua presença ali. No entanto, o clamor de uma mulher daquelas cercanias quebrou aquele momento de trégua e descanso de Jesus e seus discípulos. Ela descobriu que Jesus ali estava e foi até Ele, pedindo-lhe em favor de sua filhinha que estava em casa endemoninhada. Por duas vezes ela pediu a Jesus, de acordo com o relato mais extenso de Mateus. Primeiro, ela disse a Jesus: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada (Mt 21.22,23). Mas Jesus não lhe respondeu nenhuma palavra e até a ignorou, saindo dali sem lhe dar atenção. Incomodados, os discípulos lhe pediram que a despedisse, pois ela estava causando um alvoroço e chamando a atenção de todos. A essa petição Jesus respondeu que não poderia fazer nada por ela, pois sua missão era voltada somente a Israel. Então a mulher adora o Senhor e lhe pede para socorrê-la. Nesse momento, ela ouviu a resposta mais dura que poderia esperar do Senhor (e que ainda hoje escandaliza quem lê essa história do evangelho): Não é bom pegar o pão dos filhos e lançá-los aos cachorrinhos (Mt 21. 26). Talvez ela tenha se espantado por um momento com aquela resposta, mas não se perturbou e deu uma resposta sábia, humilde e, antes de tudo, de fé. A dura resposta de Jesus poderia ser um "balde de água fria " para aquela mulher, mas ela "pegou" Jesus direitinho com uma resposta de fé. Ela disse: Sim, o Senhor tem razão, mas também os cachorrinhos comem das migalhas das mesas dos seus senhores. (Mt 21.27). Ao ouvir essas palavras, Jesus elogiou a fé daquela mulher e lhe concedeu o milagre da libertação de sua filha à distância. Quando ela chegou em casa, encontrou sua filha deitada na cama tranquilamente.

  • Jesus se nega a fazer o milagre - Sempre pregamos que Jesus era (e é) amoroso, misericordioso, que, durante seu ministério terreno, ele sempre socorria a todos que o buscavam (e é verdade), embora às vezes demorasse um pouco, como no caso de Lázaro e do cego de Jericó. O Senhor fez tantos milagres que, por diversas ocasiões Ele curava multidões (Mt 4.23). Ele chegou a curar até mesmo quem não estava pedindo um milagre, embora necessitasse, como no caso do paralítico do tanque de Betesda (Jo 5). Porém, o caso da mulher cananéia é diferente e, por isso, nos chama a atenção. Ele simplesmente se negou a fazer o milagre. Não que Ele não pudesse fazê-lo, pois não tinha limites para o seu poder (Lc 8.25). Será que Ele não poderia expulsar o espírito maligno daquela menina? Claro que podia! Vale lembrar que Ele expulsou sete demônios de Maria Madalena (Lc 8.2); em outra ocasião Ele libertara um gadareno de uma legião (mais de dois mil) demônios (Mc 5), só para citar alguns relatos. Além desta ocasião, somente por duas vezes o Senhor se negou a fazer um milagre. A primeira, por ocasião de sua tentação, quando o diabo lhe sugeriu que transformasse pedras em pães (Mt 4.3,4) e, a segunda, quando os escribas e fariseus lhe pediram um sinal e Ele disse que não lhes daria outro sinal, a não o do profeta Jonas (Mt 12.38,39). E por quê Jesus não quis atender àquela pobre mãe cujo amor pela filha e o desespero a levaram a procurar com diligência o endereço onde Ele se encontrava? Há várias interpretações para isso, mas prefiro ficar com o que o próprio texto bíblico nos diz: seu ministério era exclusivo para os filhos de Abraão. O ministério de Jesus era para Israel (Mt 10.5-7) e não para os gentios, conforme ele disse aos discípulos nessa ocasião (Mt 15.24). Somente depois da ascensão de Cristo o ministério aos gentios começaria (Mc 15.15,16; At 1.8). A vez dos gentios (não judeus) chegaria, mas ainda não era hora. Em toda a narrativa bíblica, vemos a exclusividade do Reino para Israel, mas algumas pessoas conseguiram romper e, mesmo sendo estrangeiros, alcançaram bênçãos e, até mesmo, passaram a fazer parte do povo da Aliança. Como exemplo, podemos citar Raabe, a meretriz de Jericó que salvou a si e sua família da destruição e ainda entrou para a linhagem messiânica (Js 6; Mt 1.6); Naamã, o siro, também foi abençoado com a cura de sua lepra (2 Rs 5) e a viúva de Sarepta (de Sidom) a quem o profeta Elias foi enviado (Lc 4.25-27); Jonas foi enviado a Nínive, na Assíria, para avisar sobre o juízo divino e todos ali se arrependeram e se livraram da destruição. Mas o que todos esses gentios tinham em comum com esta mulher cananeia dos dias de Cristo, que também obteve o seu milagre? A fé! Eles creram, ela creu e puderam sentar à mesa, como filhos e comer do banquete! Glória a Deus!

  • A resposta da mulher mudou a atitude de Jesus - Por causa disso, de sua resposta, Jesus a fez sentar-se à mesa e comer banquete com os filhos. Por sua fé, ela se antecipou no banquete e teve lugar na mesa. Ela não questionou a prioridade dos israelitas, mas disse a Jesus que quando há abundância na mesa, sobra até para os cachorrinhos. Em outras palavras, Ela declarou que tinha fé, que aquele milagre não passaria de uma migalha, algo tão pequeno para o Senhor, que nem faria falta para os judeus. Ao ouvir isso, Jesus a chamou para sentar à mesa e participar do banquete abundante. E quanto a nós? Eu e você? Será que ainda estamos comendo migalhas ou já entendemos que temos direito a um lugar na mesa? E como podemos fazer isso? O critério é o mesmo: crer! Não questionemos a vontade divina nem os planos de Deus, mas toquemos no Senhor pela fé, podemos fazê-lo “abrir uma exceção” (2 Rs 20.1-11; Sl 51.17; Tg 5.16-18). 

  • Quando cremos, passamos a ter direito ao banquete - No Salmo 23, está escrito: Preparas uma mesa perante mim, na presença dos meus inimigos (v. 5); A mesa está pronta, falta só você tomar assento; por incrível que pareça há muitos crentes que não querem sentar à mesa, que não sentem prazer nessa mesa que o Senhor preparou; assim como Israel dos dias de Jesus que rejeitou (uns poucos creram) o banquete divino, afinal, Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam (Jo 1.11). Que não sigamos o exemplo de Israel (1 Co 10.1-11), não rejeitemos a graça divina (Hb 12.16,17), pois a nossa oportunidade passará se não a agarramos logo. Paulo, escrevendo aos efésios, lembrou qual era o estado deles (e de todos os gentios) antes de receber a Cristo (Ef 2.11,12). Como era triste, assim como o daquela mulher; não tínhamos direito a praticamente nada. Mas Paulo também adverte, agora falando aos coríntios (também gentios), que sendo “zambujeiro” fomos enxertados na oliveira por causa da incredulidade de Israel, não devemos também nos gloriar nem deixar de considerar a benignidade de Deus, pois, se Ele não poupou os ramos naturais (falando dos judeus), não poupará a nós também (Rm 11.17-24). Portanto, desfrutemos pela fé desse banquete que o Senhor nos preparou.

  • E o que tem na mesa?  - Tem tudo de que precisamos: para quem sede, tem água viva (Jo 4.10) e ainda tem vinho e leite (Is 55.1); para quem tem fome, tem pão da vida (Jo 6.35), e o fruto do Espírito com suas nove virtudes: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (Gl 5.22); para quem precisa de salvação, tem salvação; para quem precisa de milagres, tem milagres; para quem precisa de perdão, tem justificação; para quem precisa de poder, tem poder; para quem precisa de santificação, tem santidade; para quem deseja dons espirituais, tem nove especialidades prontas: línguas, interpretação, profecia, palavra de sabedoria, palavra de conhecimento ou revelação, discernimento de espírito, fé, milagres e maravilhas (1 Co 12.8-10); para quem quer pregar, tem unção; para quem quer cantar, tem inspiração; para quem quer aprender, tem ensino; para quem está vazio, tem plenitude. Tiago é enfático ao dizer: Toda a boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes (1.17). A lista não tem fim. O banquete é completo e abundante. Mas só pode comer quem tem fé! 

  • Quando cremos, o extraordinário acontece e o comum se torna especial - Em Hebreus 11 temos um relato de pessoas que sentaram à mesa e participaram desse banquete: homens que deveriam temer, tiveram coragem; quem devia morrer queimado, passeou no meio do fogo; quem devia ser devorado, fechou as bocas dos leões; quem não poderia mais gerar por ser velho, foi pai de multidões. A fé transformou homens ordinários em extraordinários, como Pedro e João (At 3), ordenando a um paralítico para que andasse; como Paulo e seus companheiros nas viagens missionárias pela Ásia e Europa. Há mais de Deus para nós, mas ainda estamos comendo migalhas. Façamos como a mulher e insistamos com fé que o Senhor nos fará sentar à mesa e nos dará a comer do maná escondido (Ap 2.17), pois se você já creu é filho e tem direito ao melhor de Deus. Há milagres, há virtudes, há minas e talentos à nossa espera.

Movendo-se na dimensão do Espírito

 Movendo-se na dimensão do Espírito

Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. [...] Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Gl 5.16,25



Uma dimensão é um espaço que tem suas medidas como altura, largura e comprimento. Cada ser criado por Deus vive e/ou se locomove em uma dimensão, seja ela terrestre, aérea ou aquática. 

De acordo com a dimensão que é propícia a um ser vivo, nela ele se move com liberdade e graça. As pessoas que praticam o nado subaquático têm o privilégio de contemplar inúmeras espécies de seres marinhos movendo-se sob as densas águas, onde elas mesmas só conseguem se manter por meios artificiais. As aves dominam os ares, voando com beleza e arte. Quem nunca admirou a beleza de um beija-flor ou não ouviu falar dos seus graciosos voos? Ou quem não admira a águia, a rainha dos céus? Já outros seres são terrestres como nós e não poderiam sobreviver debaixo d'água ou se fossem lançados aos ares. Mas há também espécies que conseguem viver em mais de uma dimensão, como os anfíbios (sapos, crocodilos). 

Espiritualmente falando também há pelo menos duas esferas ou dimensões nas quais podemos estar: a carnal e a espiritual. Essa é uma metáfora que a Bíblia utiliza, principalmente nos escritos paulinos, para indicar se estamos vivendo sob o domínio da carne (a natureza adâmica) ou do Espírito Santo. O fato de termos aceitado a Cristo como Salvador nos coloca automaticamente às margens da dimensão espiritual (Ez 47), mas nem todos os crentes entram nela  e preferem ficar na carne; enquanto outros que  estão na dimensão do Espírito, mas não sabem se mover nela, como alguém que está com medo desse novo ambiente. Estes se parecem com aquelas pessoas que vão tomar banho de mar, mas ficam apenas na beira da praia esperando que ondinhas venham banhar seus pés, em vez de mergulhar nas águas. 

No texto que Paulo escreveu aos coríntios, no capítulo 3, ele os acusa de serem carnais, pois estavam contendendo e tomando partido de homens. Na epístola aos Gálatas, ele faz a mesma acusação, mas por outro motivo: estes haviam deixado o evangelho da Graça e estavam tentando agradar a Deus por esforço carnal. No capítulo 5 desta epístola, a partir do verso 16, Paulo exorta os irmãos da Galácia a não viverem na dimensão da carne, mas do Espírito e, assim, eles poderiam agradar a Deus. Ele começa dizendo: “Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” (v. 16). E de novo, no v. 25: “andemos também em Espírito”. Mas como assim “andar em Espírito”? Isso é possível? Sim, porque podemos viver imersos no Reino espiritual e fluir nele.

O homem natural (1 Co 1.14), isto é, o não convertido;  e o homem carnal, o crente imaturo que, embora já tenha confessado a Cristo e iniciado o seu processo de transformação, ainda está apegado aos modos de proceder da velha natureza carnal; ambos não conseguem se mover na dimensão do Espírito. E por “mover” estou querendo significar o viver sob o domínio ou influência do Espírito Santo. 

Pense nisso como se você, de repente, tivesse seu corpo transformado e adaptado para viver na água: aparecessem em você barbatanas, escamas e guelras. Embora seu corpo continuasse o de um ser humano, você poderia nadar livremente até o fundo dos oceanos sem precisar voltar à tona para respirar. Você teria uma nova natureza própria para a dimensão aquática, embora ainda pudesse andar fora da água.

Assim também todos aqueles que foram salvos por Cristo receberam uma nova natureza que o capacita a viver vitoriosamente sobre o pecado e a produzir um conjunto de virtudes que agradam a Deus. O conhecido texto paulino de 2 Co 5.17 nos diz: Aquele que está em Cristo nova criatura (criação) é… Portanto, fomos transformados e capacitados a viver pelo Espírito. E por que resistimos? Por que não fluímos no Espírito? Acredito que seja por falta de fé, de confiança, ou talvez por orgulho. Acreditamos que precisamos nos esforçar, que precisamos seguir regras(legalismo), para fazer a vontade de Deus. Mas tudo o que produzimos só gera vanglória, idolatria, dissensões, pelejas, isto é, obras da carne. 

Paulo ensinou aos gálatas que eles deviam se deixar guiar pelo Espírito de Deus (v. 18) para viverem nessa nova dimensão. De fato, a santificação tem seu aspecto progressivo na vida cristã e ela se desenvolve à medida que buscamos a Deus de forma totalmente dependente (Humilhando-se debaixo de sua potente mão). O Espírito Santo então nos toma pela mão como um adulto a uma criança e nos guia pelos caminhos da justiça. 

Quando, enfim, vivermos e nos movermos (ou andarmos) nessa nova dimensão para a qual Deus nos chamou e capacitou, experimentaremos uma vida abundante e plena. Portanto, deixemos de ser carnais e nos movamos nesta "matrix" do Espírito onde o poder de Deus nos torna mais do que vencedores por Cristo Jesus.


Lição 06: O Avivamento no Ministério de Pedro | 1° Trimestre de 2023

 Lição 06: O Avivamento no Ministério de Pedro | 1° Trimestre de 2023

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos o protagonismo do apóstolo Pedro, um dos mais destacados discípulos de Jesus Cristo, em dois momentos de sua vida. Primeiro, antes de ser batizado no Espírito Santo, apresentava-se como um homem impulsivo, voluntarioso e espiritual­ mente débil; segundo, depois do Pentecostes, foi transformado em um homem cheio de unção e revestido do poder do Alto. Temos preciosos ensinamentos para extrair dessa experiência na vida do apóstolo Pedro.

I – PEDRO ANTES DO PENTECOSTES

1- As duas atitudes de Pedro. Certo dia, Jesus perguntou aos discípulos a respeito de como as pessoas o identificavam. As respostas foram diversas: uns entendiam que Jesus era Joao Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas. A partir dessas respostas, Jesus indagou-lhes a respeito da opinião deles acerca de sua identidade. Tomando a palavra, Pedro respondeu prontamente: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem o revelou, mas meu Pai, que está nos céus” (Mt 16.16,17).

Certamente, Pedro se sentiu gratificado, até mesmo, lisonjeado, com a resposta de Jesus a seu respeito diante dos outros discípulos. Imediatamente após esse episódio, Pedro recebe uma reprimenda de Jesus. Nosso Senhor havia dito que Ele iria para Jerusalém e padeceria nas mãos dos religiosos, mas ressuscitaria ao terceiro Em seguida, o mesmo Pedro retrucou: “Senhor tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso” (Mt 16.22).

De pronto, Jesus o repreendeu: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mt 16.23). Como deve ter sido desconfortável para Pedro ouvir uma pesada reprimenda após uma palavra de aprovação.

2- Pedro nega Jesus três vezes. Outro episódio revelador foi quando Pedro afirmou que jamais negaria o Senhor e Je­sus lhe diz que ele o negaria três vezes (Mt 26.31-35). A primeira vez, negou-o diante de uma criada (26.69,70). A segunda, diante de outra criada que dissera que o vira com Jesus (26.71,72). E, pela terceira vez, Pedro negou Cristo diante de várias pessoas, praguejando e jurando (26.73,74).

Depois desse momento, o galo cantou, e Pedro sentiu profundo arrependimento (26.75). Nossa Senhor, todavia, não o desprezou. Pelo contrário, quando ressuscitou, o anjo disse às mulheres que fossem dar a boa nova a seus discípulos; e o nome de Pedro foi destacado (Mc 16.7). Devemos ter o cuidado de não descartar pessoas por causa de alguma falha, pois Deus pode restaurar o espiritualmente fraco.

II – PEDRO APÓS O PENTECOSTES

1- Pedro batizado no Espírito Santo. Após ser batizado no Espírito Santo, Pedro tornou-se outro homem. Devido ao espanto das pessoas diante daquele fenômeno espiritual, o apóstolo dos judeus levantou a voz e, com eloquência, falou a respeito da promessa de Deus proferida pelo profeta Joel: “do meu Espírito derramarei sobre toda a carne” (At 2.18).

A pregação do apóstolo Pedro teve tão grande impacto sobre os ouvintes, que muitos deles, compungidos no coração, indagavam-lhe a respeito do que deveriam fazer. Assim, Pedro concluiu sua calorosa pregação apelando para que se arrependessem e fossem batizados em nome de Jesus Cristo para receberem “o dom do Espírito Santo” (At 2.38). Resultado: quase três mil almas foram batizadas (At 2.41).

2- Pedro e a cura do coxo. Juntamente com João, Pedro chegou à Porta Formosa do Templo em Jerusalém. Eles viram um paralítico pedindo uma esmola. Em lugar de dar-lhe o que pedia, cheio do Espírito Santo, o apóstolo ordenou que o paralítico se levantasse e andasse “em nome de Jesus Cristo”. Imediatamente, o homem foi curado, entrou no Templo, saltando e louvando a Deus. Isso causou grande espanto entre os que estavam ali (At 3.10,11). Logo depois, o apóstolo Pedro aproveitou a ocasião do milagre para pregar a respeito da morte e da ressurreição de Cristo, enfatizando que o enfermo recebeu “perfeita saúde” em nome de Jesus (At 3.16).

3- Pedro avivado em outras ocasiões. O avivamento do Espírito Santo na vida de Pedro foi notório em outras ocasiões. Quase cinco mil pessoas aceitaram a Cristo como Salvador com a mensagem dos apóstolos (At 4.1- 4). Esse fato teve repercussão junto ao Sinédrio, o tribunal religioso dos judeus.

Os apóstolos foram interrogados pelo Sumo Sacerdote sobre com que autoridade eles faziam milagres, quando responderam com ousadia que era “em nome de Jesus Cristo”, a quem os judeus crucificaram injustamente (At 4.6-11). Após serem liberados da prisão, Pedro e Joao reuniram-se com os demais discípulos e relataram o ocorrido; até o lugar onde oraram, tremeu (At 4.29-31). Em Lida, houve um grandioso avivamento.

Quando Pedro ali chegou, orou por um homem chamado Enéias que estava paralítico há oito anos. Eneias foi curado e, por isso, houve muitas conversões ao Senhor (At 9-34-35); por sua oração, Dorcas ressuscitou dentre os mortos em Jope (At 9-36-42).

III – A IGREJA DE HOJE E O AVIVAMENTO DO PENTECOSTES

1- A Igreja atual e o Pentecostes. O Senhor Jesus previu que, antes da sua volta, haveria uma grande falta de fé; daí a reveladora pergunta: “[…] Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” (Lc 18.8). Num tempo como esse, a necessidade de um grande avivamento é imensa. Segundo a Bíblia, só pode haver um tempo de avivamento nos dias presentes se os crentes buscarem o derramamento do Espírito Santo como no Dia de Pentecostes (At 2.1).

2- Tempos de multiplicação da iniquidade. Jesus alertou aos seus discípulos para as principais características dos fins dos tempos. Será uma época marcada pela multiplicação da iniquidade e do esfriamento do amor. Entretanto, o Senhor Jesus também previu um sinal altamente positivo a respeito da pregação do Evangelho por todo o mundo (Mt 24.4-14). Nesse sentido, para pregar o Evangelho nesses “tempos trabalhosos”, como o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo (2 Tm 3.1-5). A igreja deve estar avivada da mesma maneira que o apóstolo Pedro estava quando desempenhou seu ministério em Atos.

3- A Igreja será arrebatada. A Parábola das dez virgens (Mt 25.1-13), mais especialmente, as cinco prudentes, traz a imagem de uma Igreja santa, consagrada a Deus, ungida pelo Espírito Santo. É uma virgem preparada para o Noivo (Ef 5.26,27). E a Igreja que subirá na ocasião do Arrebatamento. Como o apóstolo Pedro que anelava pela vinda do Senhor de maneira avivada, estejamos também avivados e preparados para ouvir o toque da trombeta por ocasião do Arrebatamento da Igreja.

CONCLUSÃO

O ministério do apóstolo Pedro mudou completamente após ser revestido do poder de Deus. Antes do Pentecostes, ele não tinha firmeza, era precipitado e voluntarioso; mas depois, passou a existir um Pedro cheio da graça de Deus, de unção, de sabedoria e de poder para cumprir a missão confiada por Jesus aos discípulos. Sem dúvida, o apóstolo Pedro é um modelo de vida e de ministério, avivando sob o poder do Espírito Santo.