Texto-base: Malaquias 3.7-12 e outros
Introdução:
Esse tema é pouco abordado em nossos púlpitos, mas deveria ser mais por
ser imprescindível para que a igreja cresça de forma sadia, conhecendo
toda a doutrina do Senhor. Carece de um ensino correto, sem
discrepâncias ou exageros nem condenações. O povo de Deus precisa
conhecer melhor a importância de contribuir regularmente para a obra
com, no mínimo, dez por cento de suas rendas.
I- Fundamentos bíblicos do dízimo
a)
Abraão (Gn 14.18-20) - Abraão paga o dízimo a Melquisede, rei de Salém,
que era também sacerdote do Deus Altíssimo. O dízimo, portanto,
antecede a Lei.
b) Jacó (Gn 28.20-22) -
ao fugir de seu irmão, chega em um lugar onde passa a noite e ali tem o
sonho da escada que ia da terra ao céu. Nesse sonho Deus lhe faz
promessas. Ao se acordar, solenemente fez um voto, prometendo dar o
dízimo de tudo. Depois disso, ele prosperou muitíssimo em casa de seu
sogro, Labão (Gn 30.43).
c) Na Lei
d)
No Novo Testamento (Mt 23.23) - muitos alegam que o dízimo era uma
ordem da Velha Aliança, não necessitando de que se pague o dízimo na
dispensação da graça. No entanto, se lermos com atenção, em nenhuma
passagem do NT, o dízimo é refutado, como ocorre com o sábado e outras
ordenanças. Honestamente, também não há um ensino direto, mas podemos
inferir que esta prática é algo agradável a Deus, além de ser justa.
Jesus repreendeu os fariseus por sua hipocrisia, pois eram fiéis no
dízimo das mínimas coisas, mas em compensação esqueciam do juízo e da
misericórdia e encerra com a sentença em que Ele mesmo ratifica o
dízimo: deviéis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.
Há ainda outras passagens do NT que de forma direta ensina sobre
contribuições (ex. 2 Co 9.6,7) e uma outra que considero particularmente
aplicável a este tema, embora não de forma direta (citarei adiante).
II- Razões para sermos dizimistas
a) Sustento da obra de Deus e dos pastores
b) Deus ama ao que contribui com alegria (2 Co 9.7)
c) Dizimar é uma sementeira (2 Co 9.6)
d)
Nossa justiça deve exceder a dos escribas e fariseus (Mt 5.20) - se
estes pagavam fielmente o dízimo até das menores sementes, quanto
deveria ser o nosso dízimo hoje, será que só dez por cento? Ele é uma
medida mínima (piso) como oferta de gratidão e reconhecimento.
III - Desculpas e alegações para não dizimar
a) Falta de obediência
b) Falta de fé
c) Avareza
d)
Mau uso de quem recebe - não deixamos de pagar nossos impostos mesmo
diante da corrupção dos governantes, pois isso significaria o fim do
regime político e democrático em que vivemos. O dízimo é para sustento
dos pastores e desenvolvimento do trabalho do Senhor.
IV - Formas errôneas de dizimar
a) Entregar o dízimo "gemendo"
b) Ou murmurando
c) Por interesses particulares
d) Por troca com Deus
e) Com ódio contra um irmão
Conclusão: O dízimo é uma bênção na vida de todo aquele que, liberto pelo Senhor, tem uma compreensão correta de necessidade na obra de Deus e que reflete em bênçãos para a sua vida.
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